Muro romano de 2.000 anos é descoberto na Suíça junto a outras relíquias

O muro romano e outras relíquias milenares foram encontrados durante a escavação de uma mina de cascalho na cidade de Cham, na Suíça
Flavia Correia31/08/2023 13h15
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Escavação na Suíça descobre muro romano de 2 mil anos. Crédito: ADA Zug/David Jecker
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Arqueólogos encontraram restos de um muro romano com cerca de dois mil anos nas colinas no sopé dos Alpes Suíços. De acordo com um comunicado publicado no site oficial do estado de Zug, a estrutura protegia um complexo de construções reveladas durante a escavação de uma mina de cascalho na cidade de Cham.

Pela primeira vez em quase 100 anos, restos de grandes edifícios romanos de pedra foram descobertos em solo Zug.

Escritório de Preservação de Monumentos e Arqueologia de Kanton Zug (“Cantão” Zug, em tradução direta)

Os restos de parede foram descobertos no início do ano por especialistas do Escritório de Preservação de Monumentos e Arqueologia do estado na área de mineração de cascalho de Äbnetwald. “A descoberta é uma sensação arqueológica para o Kanton Zug e fornecerá informações importantes sobre os romanos no sopé da Suíça Central”, diz o comunicado, que convida a população a participar de uma escavação a céu aberto no local no sábado (2).

Além das partes do muro, também foram encontrados no local alguns pregos de ferro, vasilhas, jarros de cerâmica, pedras de almofariz, peças de vidro e louça, bem como um fragmento de ouro que provavelmente integrava alguma joia na época.

No canto superior direito, uma imagem aérea do local da escavação, com os Alpes ao fundo. Ao lado, a viista de uma parte do muro exposta para visitação. No canto inferior direito, alguns dos achados na escavação, como pedaços de louças e moedas. Por último, uma das faces de uma moeda romana de prata, que mostra um elefante pisoteando uma criatura. Crédito: ADA Zug, Res Eichenberger e David Jecker

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Muro milenar romano descoberto na Suíça cercava 500 m² de área

O muro cercava uma área de cerca de 500 m² que pode ter sido uma villa ou um templo. No local, também estavam restos mortais de pessoas que foram provavelmente muito ricas, tendo em vista os itens encontrados junto às ossadas, como louças romanas de “terra sigillata” (terra selada, em latim) e copos de vidro entalhados artisticamente.

Segundo o comunicado, jarros chamados ânforas, que geralmente transportavam produtos como azeite de oliva, vinho e óleo de peixe, são evidências de que os romanos da região mantinham relações comerciais com civilizações do Mediterrâneo

No local, também foram encontradas moedas de cobre e bronze, bem como um denário de prata cunhado por Júlio César, do século 1 a.C., com uma das faces mostrando elefante pisoteando uma cobra ou um dragão.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.