Nesta quarta-feira (13) o mundo a ufologia foi surpreendido com uma apresentação no congresso mexicano onde um ufólogo mostrou supostos cadáveres de alienígenas. Pelo histórico polêmico do pesquisador, a notícia já foi encarada com ceticismo.

De acordo com o jornalista e ufólogo Jaime Maussan, que exibiu os dois fósseis, eles foram resgatados em 2017 em uma mina na cidade de Cusco, no Peru, e teriam idade estimada de mais de mil anos. 

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O especialista ainda relata que o DNA das múmias de cabeças alongadas, mãos e pés com três dedos, não pertence a seres humanos, com 30% da composição totalmente desconhecida. Apesar disso, nenhum estudo comprova essa alegação, muito pelo contrário. 

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Maussan disse que as análises dos supostos alienígenas foram feitas na Universidade Nacional Autônoma do México. A instituição, no entanto, divulgou um comunicado (publicado originalmente em 2017 sobre o mesmo tema), negando que qualquer análise de DNA dos exemplares tenha sido feita.

De acordo com o instituto, eles foram contratados para realizar um estudo de datação de carbono que, segundo a nota “destinam-se apenas a determinar a idade da amostra trazida por cada utilizador e em nenhum caso tiramos conclusões sobre a origem das referidas amostras”.

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Em entrevista ao Olhar Digital News, Ary Martins, diretor da instituição de astronomia Plêiades do Sul, foi bastante cético com as supostas descobertas anunciadas no congresso do México.

“Não há prova, pelo contrário”, declarou Martins. “Muitos antropólogos já chamam essas múmias de fraude arqueológica, mais uma fraude arqueológica”, completou o especialista.

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“Os detalhes mostram que aquilo ali não é uma múmia de um ser vivo, ainda que de uma espécie diferente da nossa. Há problemas sérios ali, inclusive os procedimentos não estão de acordo com os utilizados pelos antropólogos”, disse ainda,

Martins disse que existem diversos problemas, inclusive com a formação dos supostos alienígenas , que nesse caso nem daria para afirmar que aqueles corpos são de humanos do passado, o que seria uma hipótese “mais plausível”.

Audiência sobre alienígenas no México

A audiência teve como objetivo demonstrar dados para incluir os UAPs na Lei de Proteção do Espaço Aéreo, o que pode tornar o México o primeiro país do mundo a reconhecer a presença de seres alienígenas na Terra.

Também participou da sessão pública o comandante reformado da Marinha dos EUA, Ryan Graves, que foi uma das principais testemunhas da audiência promovida pelo Congresso americano em julho

Segundo ele, assim como acontece com os pilotos civis e militares dos EUA, o “medo de partilhar a própria história” por parte das testemunhas é um desafio a ser enfrentado.

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