A variante Eris, identificada pela primeira vez no início de julho, vem se espalhando mundialmente e já entrou na lista de cepas do coronavírus de interesse da Organização Mundial da Saúde (OMS). Derivada da Ômicron, a Eris foi descrita como altamente contagiosa. Um novo estudo mostrou que, apesar de não estar aumentando o número de casos graves no mundo, ela é infecciosa e pode escapar dos anticorpos da vacina com mais facilidade.

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Descobertas sobre a variante Eris

  • Uma pesquisa do Centro Alemão de Primatas – Instituto Leibniz para Pesquisa de Primatas em Göttingen, na Alemanha, examinou as características da linha EG.5.1., apelidada de Eris.
  • Os cientistas descobriram que a variante não é necessariamente mais contagiosa que outras, mas que infecta as células hospedeiras das pessoas de forma mais eficaz por sua capacidade de escapar dos antianticorpos neutralizantes.
  • Esses anticorpos neutralizantes são produzidos pelo nosso sistema imunológico após a imunização com as vacinas, que treinaram nosso corpo para combater, inclusive, novas variantes.
  • Na prática, eles se ligam à proteína spike do vírus da Covid, a proteína responsável pela infecção, e as impede de entrar nas nossas células. O processo é conhecido como neutralização, uma vez que o vírus não consegue infectar.
  • No entanto, esse processo nem sempre é 100% eficaz porque as variantes da Covid evoluem para driblar esses mecanismos. Foi o que aconteceu com a Eris: ela consegue escapar dos anticorpos neutralizantes e continuar a disseminação do vírus no corpo.
subvariantes Ômicron
Eris é uma subvariante da Ômicron (Imagem: shutterstock/Fit Ztudio)

Vacina é proteção contra Eris e outras variantes da Covid

Os cientistas analisaram casos de pessoas vacinadas infectadas com a variante Eris e concluíram que ela tem maior facilidade em escapar desses anticorpos e continuar infectando as células.

No entanto, justamente por causa da vacinação prévia, essa capacidade de driblar os anticorpos não é suficiente para comprometer a imunidade. Se por um lado os casos da variante estão aumentando por causa da capacidade de infecção, por outro, não houve um aumento significativo de ocorrências graves ou de doenças relacionadas.

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Outras vacinas e novas fórmulas estão sendo estudadas para, cada vez mais, darem conta de netrualizar as mutações do coronavírus. Segundo o site Medical Xpress, um imunizante baseado na linhagem XBB.1.5, conhecida como Kraken, deve ser desenvolvido ainda este ano.

Ilustração de moléculas do vírus da Covid-19 afetando o cérebro de uma pessoa
Sintomas da Eris se assemelham aos do Ômicron (Imagem: iStock)

O que se sabe sobre a Eris

  • O Olhar Digital já falou sobre a variante Eris neste link, bem como formas de prevenção e sintomas.
  • A variante EG.5.1 é uma subvariante da Ômicron, que atualmente é a cepa mais prevalente mundialmente. Ocorrências já foram registradas no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Tailândia e Índia.

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