Uma mancha que explodiu do Sol no sábado (16) lançou para o espaço um forte jato de plasma (também chamado de ejeção de massa coronal – CME) em direção à Terra

O vento solar atingiu a atmosfera do planeta, atravessando a magnetosfera e provocando uma tempestade geomagnética de classe G3 – considerada forte em uma escala que vai de G1 a G5 – entre segunda (18) e terça-feira (19). Clique aqui para saber detalhes sobre esse tipo de evento.

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Como consequência, belíssimas exibições de auroras puderam ser vistas não só nas mais altas latitudes do globo, onde é muito comum, como também em países um pouco mais para baixo, como a França e os EUA.

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Registro obtido por Nicolas Drouhin, de Borgonha, na França

Jeroen Daniels, do Canadá, fez suas fotos em Edmonton, Alberta. “Assim que o Sol se pôs, pude ver auroras dançando no céu crepuscular”, escreveu o fotógrafo em seu depoimento ao site Spaceweahter.com. “As cores eram diferentes de todas as que eu já vi antes: verdes misturados com azuis misturados com vermelhos, laranja e rosa. Foi incrível!”.

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Além da foto de destaque da matéria, esta imagem também foi obtida pelo fotógrafo Jeroen Daniels, na segunda-feira (18), em Edmonton, no Canadá. Crédito: Jeroen Daniels via Spaceweather.com

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Kairo Kiitsak, meteorologista e fotógrafo de natureza por hobby, capturou imagens fascinantes do fenômeno a partir do leste da Estônia. “A aurora boreal nos surpreendeu com uma exibição realmente impressionante”, disse ele ao site Space.com. “Cada exibição é especial e chamativa à sua maneira. Estamos atualmente caminhando para o máximo de atividade solar, tempos emocionantes ainda estão por vir para os observadores da aurora boreal”.

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Belíssimo registro de uma aurora formada no céu da Estônia. Crédito: Kairo Kiitsak

Mais imagens hipnotizantes da aurora feitas por Kiitsak podem ser vistas no X (antigo Twitter) e no Facebook do fotógrafo.

Nathan Barker, fotógrafo do site NASASpaceFlight.com, tirou um pouco o foco dos lançamentos de foguetes para mirar sua câmera para a aurora boreal que se formou sobre o sul de Ontário, no Canadá.

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Nem todas as luzes do céu eram auroras

Observadores em determinadas localidades do planeta também avistaram outro tipo de luz no céu: o STEVE (sigla em inglês para “forte aumento da velocidade térmica”), uma fita brilhante de luz arroxeada causada por correntes de plasma quente que fluem através da magnetosfera da Terra. Embora se pareça com auroras, é um fenômeno diferente.

Enquanto as auroras tendem a cintilar em amplas faixas de luz verde, azul ou avermelhada, dependendo de sua altitude, o STEVE normalmente aparece como uma única fita de luz lilás e branca que se estende por centenas de quilômetros. Às vezes, essa fita luminosa é acompanhada por uma linha verde de luzes picotadas, semelhante a uma cerca. 

Um STEVE, fenômeno luminoso diferente das auroras, foi registrado em Glidden, Wisconsin, EUA. Crédito: Michele Sadauskas via Spaceweather.com

Michele Sadauskas fotografou o fenômeno de Glidden, Wisconsin, EUA. “Quando saí do caminhão, o STEVE apareceu vividamente do outro lado do céu. Eu rapidamente montei meu equipamento e fiquei muito feliz com a captura. Esta é a primeira vez que eu pego STEVE atravessando todo o caminho de leste a oeste”.

Podemos esperar mais eventos climáticos espaciais extremos, como esta poderosa tempestade geomagnética, à medida que o Sol se aproxima do pico de seu ciclo de atividade de 11 anos, previsto para ocorrer em 2025.

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