A formação de um novo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul deve trazer ainda mais instabilidade para o clima do estado nesta terça-feira (26). Tempestades, raios e granizo isolado são eventos esperados para os próximos dias. A intensidade do fenômeno, entretanto, deve ser bem menos severa do que o que atingiu a região deixando estrago há algumas semanas.

De acordo com a MetSul Meteorologia, que monitora o clima na região, desde esta segunda-feira (25) o norte do estado já começa a ser afetado pelo fenômeno, que deve migrar ainda mais para o Sul.

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O que você precisa saber?

  • Um novo ciclone em formação no Rio Grande do Sul;
  • Com intensidade menor do que a vista no começo do mês;
  • Além do RS, Paraná, Santa Catarina e São Paulo podem ser afetados.

O dia de maior risco é terça, com a formação de uma área de baixa pressão que vai se deslocar da Argentina em direção a divisa do Rio Grande do Sul com  Santa Catarina. Neste dia são esperadas chuvas intensas, temporais fortes em partes isoladas do estado e vendavais de intensidade média, com até 90 km/h.

Na quarta-feira (27), o fenômeno começa a ir em direção ao Atlântico. Entretanto, ele ainda deve causar consequências em outros estados, mesmo no oceano. 

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Outros locais serão afetados pelo ciclone?

O ciclone deve trazer pancadas de chuva e temporais isolados para Santa Catarina e Paraná. Esses estados devem ser mais afetados na quarta, quando o fenômeno vai se aproximar do norte da região sul.

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O evento ainda pode atingir o sul do estado de São Paulo até o final da quarta. Com isso, parte do estado pode sofrer com chuvas e queda nas temperaturas, mesmo com o fenômeno com força bastante reduzida.

ciclone
Projeção de chuva até 21h de quarta do modelo europeu (Imagem: Metsul)

O que é um ciclone extratropical?

Segundo a MetSul, um ciclone extratropical é um fenômeno meteorológico caracterizado pela formação de tempestades e fortes rajadas de vento. São definidos como sistemas de baixa pressão atmosférica de escala sinótica que ocorrem nas regiões de latitudes médias.

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Esse tipo de ciclone não costuma ser formado em regiões tropicais, por isso a nomenclatura. Segundo o site, “os sistemas extratropicais são normais no litoral da Argentina e na foz do Rio de Prata, algumas vezes se originando na costa do Rio Grande do Sul. Trata-se, assim, de uma posição mais ao Norte que o habitual”.

À medida que o ciclone se intensifica, pode causar mudanças na temperatura, umidade, direção do vento e pressão atmosférica, o que pode levar a condições meteorológicas tempestuosas, como chuva, neve e ventos fortes.