Recentemente, o roubo de e-mails de altos funcionários dos Estados Unidos levantou preocupações sobre a crescente dependência do país das maiores empresas de computação em nuvem. Com isso, Amazon, Google e Microsoft começaram a explicar mais sobre o trabalho que realizam para proteger os dados de dezenas de milhões de clientes online.

As preocupações surgiram após um ataque cibernético, que permitiu que impostores tivessem acesso às contas de e-mail de funcionários do governo dos EUA. Este incidente desencadeou uma reavaliação crítica da segurança das plataformas de computação em nuvem fornecidas pelas principais empresas de tecnologia.

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Embora especialistas em segurança cibernética afirmem que os serviços dessas empresas são mais seguros do que os sistemas governamentais equivalentes, a pressão de Washington para melhorar a segurança continua a crescer, juntamente com a promulgação de regras mais rígidas de cibersegurança para infraestrutura crítica.

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A pressão exercida por Washington está levando Amazon, Google e Microsoft a revelarem publicamente mais sobre suas estratégias de segurança em nuvem, como relata o The Washington Post. À medida que essa pressão continua a crescer, espera-se que as empresas de tecnologia intensifiquem seus esforços para garantir a segurança de seus serviços de nuvem e proteger os dados de seus clientes.

Amazon e suas técnicas de proteção

  • A Amazon, historicamente discreta sobre suas operações, recentemente abriu suas portas para demonstrar algumas das técnicas avançadas de segurança que implementa em sua plataforma de computação em nuvem, a Amazon Web Services (AWS).
  • A empresa revelou como pode enviar solicitações de desativação para administradores de servidores que hospedam programas maliciosos ativos em tempo recorde, eliminando ameaças em uma hora, sem envolvimento humano.
  • Essa velocidade representa uma melhoria significativa em relação ao padrão anterior, que exigia um dia inteiro com a ajuda de especialistas humanos.
  • Um dos pontos-chave da estratégia de segurança da Amazon é a criação de chamados “potes de mel” virtuais, transformando milhares de servidores virtuais em iscas de hackers.
  • Esses locais de isca são configurados para se assemelharem a servidores suscetíveis a ataques conhecidos, como aqueles que exploram vulnerabilidades em componentes de código aberto.
  • A abordagem proativa da Amazon tem contribuído para fortalecer a segurança de seus clientes, bem como para ajudar na detecção e neutralização de ataques direcionados a infraestruturas críticas, como os ataques do Volt Typhoon, atribuídos à China, e as comprometidas de roteadores atribuídas ao grupo de hackers russo Sandworm.

Microsoft, Google e a complexidade da segurança em nuvem

Enquanto a Amazon destaca suas técnicas de segurança avançadas, a Microsoft e o Google também estão intensificando seus esforços para proteger a integridade de suas respectivas plataformas em nuvem. No entanto, cada uma dessas empresas possui diferentes áreas de especialização e abordagens para garantir a segurança de seus serviços.

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A Microsoft, além de oferecer serviços em nuvem, possui uma visão global do uso de suas versões no local de sistemas operacionais e outros softwares. Quando ocorrem falhas nesses sistemas, a Microsoft pode identificar tentativas de ataques maliciosos. A empresa utiliza amplamente a aprendizagem de máquina e modelagem para identificar ameaças, cobrando adicionalmente por proteções aprimoradas resultantes dessas tecnologias.

Por outro lado, o Google possui uma visão mais detalhada das contas online individuais e pode rastrear a localização física de hackers. A empresa também automatiza solicitações de desativação e realiza varreduras proativas na internet em busca de credenciais de nuvem expostas por engano.