Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista de Araraquara (Unesp) anunciaram um tratamento inovador, sustentável e acessível para aliviar os sintomas da psoríase, um marco importante na luta contra essa condição. A novidade chega logo em 29 de setembro, Dia Nacional e Mundial da Psoríase.
A psoríase
- A psoríase afeta aproximadamente 3% da população mundial, sendo responsável por atingir 5 milhões de brasileiros.
- Apesar dos avanços médicos, os tratamentos disponíveis até agora incluíam opções tópicas, sistêmicas, biológicas e fototerapia, todos com limitações e efeitos colaterais desconfortáveis.
- A psoríase é uma doença autoinflamatória desafiadora, que causa lesões avermelhadas e descamação da pele devido à predisposição genética e influências ambientais.
- A psoríase não é contagiosa, e o contato com pacientes não apresenta riscos.
- No entanto, a doença pode evoluir para a artrite psoriásica e aumentar o risco de outras condições graves, como doenças cardíacas, cânceres e distúrbios do humor.
Leia mais:
- Dia Mundial da Psoríase: posso usar maquiagem e ter rotina skincare?
- Conheça a psoríase, doença que deixou feridas em mais de 50% do corpo de Kelly Key
- Quem tem Lúpus pode ser vacinado contra a Covid-19?
O novo tratamento
A grande promessa desse novo tratamento reside em uma membrana fina feita à base de látex e Aloe vera (babosa), criada por pesquisadores em bioenergia e biomateriais da Unesp. A Aloe vera é reconhecida por suas propriedades benéficas, mas seu uso em versões em gel e pomada muitas vezes resultava em ressecamento da pele e entupimento dos poros.
A inovação aqui está em incorporar a Aloe vera em curativos de látex natural, proporcionando uma alternativa mais confortável e eficaz para os pacientes.

O Dr. Rondinelli Herculano, um dos pesquisadores por trás dessa descoberta, ressaltou à Agência Brasil que os efeitos colaterais dos medicamentos sintéticos eram um dos maiores desafios no tratamento da psoríase.
Por isso nossa proposta foi incorporar a Aloe vera em curativos de látex natural como um tratamento complementar. Porque quando a pessoa passa muitos cremes hidrogéis de Aloe vera, geralmente tem um ressecamento. Além do desconforto fica a gordura. Nos testes que fizemos em laboratório, observamos que o material ficou bem flexível e preservou as propriedades da Aloe vera, além de ser de fácil manuseio e seguro.
Dr. Rondinelli Herculano
A próxima etapa da pesquisa envolve a realização de testes em seres humanos e a busca por parcerias para a comercialização do produto. O objetivo é criar curativos personalizados, adaptados ao tamanho da lesão, oferecendo uma abordagem mais precisa e eficiente para o tratamento da psoríase.