O ataque realizado pelo Hamas contra Israel e a resposta israelense ocuparam as manchetes de todos os noticiários e foram assunto também nas redes sociais. Centenas de imagens e vídeos da guerra se espalharam no X, antigo Twitter, e com eles muitas informações falsas. O próprio Elon Musk recomendou que os usuários da plataforma seguissem uma conta conhecida por propagar desinformação.

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Guerra entre Israel e Hamas ganhou espaço na rede social

  • No fim de semana, o X sinalizou várias postagens como enganosas ou falsas, incluindo um vídeo supostamente mostrando ataques aéreos israelenses contra o Hamas na Faixa de Gaza.
  • Mesmo assim, centenas de publicações com desinformação passaram pelo filtro da rede social.
  • As falhas acontecem após o antigo Twitter ter cortado parte da equipe que atuava para combater a desinformação na plataforma.
  • Além disso, a empresa tem sido constantemente acusada de não adotar medidas para combater postagens com informações falsas, bem como discursos de ódio.
  • As informações são da CNBC.

Elon Musk espalhou desinformação sobre o conflito

O próprio Elon Musk promoveu a desinformação no X, segundo a CNN, ao recomendar que usuários seguissem um perfil para ter mais informações sobre a guerra entre Israel e o grupo Hamas. No entanto, a conta recomendada é conhecida por espalhar informações falsas, tendo, inclusive, divulgado um relatório inexistente sobre uma explosão no Pentágono recentemente.

Musk apagou a postagem mais tarde. “Como sempre, por favor, tente ficar o mais perto possível da verdade, mesmo para coisas que você não gosta”, disse ele.

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Celular com logomarca do X, antigo Twitter, em cima de teclado de notebook
X (Twitter) amplificou a desinformação sobre o conflito entre Israel e Hamas (Imagem: sdx15/Shutterstock)

Postagens com informações falsas inundaram o X

Vários usuários compartilharam um comunicado de imprensa falso da Casa Branca afirmando que os EUA estavam enviando bilhões de dólares em nova ajuda a Israel em resposta ao ataque do grupo extremista.

Em outra postagem, uma notícia falsa de que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia sido hospitalizado. A conta responsável pela informação mentirosa foi posteriormente suspensa.

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Um vídeo que supostamente mostraria generais de Israel após serem capturados por combatentes do Hamas também viralizou e foi visto mais de 1,7 milhão de vezes até esta segunda-feira (09). As imagens, no entanto, mostram a detenção de separatistas no Azerbaijão.

A Direção Nacional de Cibersegurança de Israel, uma das principais agências de defesa cibernética do governo, pediu que os usuários do X não espalhem informações não verificadas. “A fábrica de boatos está transbordando”, disse a entidade.

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Ao mesmo tempo, alguns vídeos de propaganda criados pelo Hamas também têm circulado no X. Embora a organização terrorista seja banida da maioria das plataformas de mídia social, inclusive no antigo Twitter, ela continua a compartilhar vídeos no Telegram. E esses vídeos, incluindo alguns do ataque mais recente a Israel, são frequentemente compartilhados no X.