Durante um recente sobrevoo em Júpiter, a sonda Juno, da NASA, obteve novos registros impressionantes da lua Io, que é o corpo mais vulcanicamente ativo do Sistema Solar. 

Em uma publicação no X (antigo Twitter), a agência compartilhou uma das fotos, que mostra a superfície machucada do terceiro maior satélite natural de Júpiter e mais interna das quatro grandes luas galileanas, tingida com redemoinhos de manchas claras e escuras e grandes áreas vermelhas espalhadas, com contornos esbranquiçados.

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Outros registros também obtidos no último domingo (15), durante o chamado Perijove 55 (55ª aproximação da espaçonave com Júpiter), foram disponibilizados pela agência na galeria pública de imagens da missão Juno.

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Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, tem um total de 92 luas. Ligeiramente maior que a lua da Terra, Io é um mundo em constante turbulência, já que é “puxado” pela força gravitacional não apenas de Júpiter como também de seus “irmãos maiores”, Ganimedes e Calisto. O resultado é que essa lua é continuamente esticada e espremida, ações ligadas à criação da lava vista em erupção de seus muitos vulcões.

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A atividade vulcânica em Io criou lagos de lava de silicato derretido em sua superfície. Além disso, os diversos vulcões que regularmente entram em erupção em Io expelem plumas de gás sulfuroso centenas de quilômetros para cima na atmosfera, que podem ser vistas com grandes telescópios na Terra.

“Io é o corpo celeste mais vulcânico que conhecemos em nosso sistema solar”, disse Scott Bolton, pesquisador principal da Juno no Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em San Antonio. “Ao observá-lo ao longo do tempo em várias passagens, podemos observar como os vulcões variam – com que frequência entram em erupção, quão brilhantes e quentes são, se estão ligados a um grupo ou a um solo e se a forma do fluxo de lava muda”.