A Comissão Europeia estabeleceu um prazo de uma semana para Meta e TikTok fornecerem mais detalhes sobre como irão conter a disseminação de conteúdo terrorista, violento e discurso de ódio em suas plataformas.
O que aconteceu
- Segundo informações da Reuters, o órgão executivo da União Europeia confirmou nesta quinta (19) que enviou pedido de mais informações para as duas empresas.
- Especialistas apontam para a proliferação de desinformação nas redes sociais após o ataque do Hamas contra Israel.
- A Comissão pode abrir investigações sobre as empresas se não estiver satisfeita com as suas respostas.
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A Meta e o TikTok devem “fornecer as informações solicitadas” pela Comissão até 25 de outubro de 2023, próxima quarta-feira.
Vale ressaltar que, conforme a Lei dos Serviços Digitais (DSA), que entrou em vigor recentemente, as principais plataformas digitais são obrigadas a fazer o máximo para eliminar conteúdos ilegais e/ou prejudiciais, ou podem levar multas de até 6% no valor do seu volume de negócios global.
TikTok já anunciou medidas contra desinformação
- O TikTok listou em comunicado divulgado no dia 15 de outubro algumas ações que tomou para conter a propagação da desinformação relacionada ao conflito no Oriente Médio;
- Segundo a rede social, suas ações incluem o lançamento de um centro de comando e o aprimoramento de seus sistemas automatizados de detecção para remover conteúdo gráfico e violento;
- Houve também a adição de mais moderadores que falam árabe e hebraico, além de aplicação da lei, conforme orientação de autoridades responsáveis.
E a Meta?
- Na sua declaração oficial, a empresa diz que criou um centro de operações com especialistas fluentes em hebraico e árabe.
- A nova abordagem permite remover conteúdo e combater a desinformação com mais rapidez.
- Mais de 795.000 conteúdos distintos em hebraico ou árabe foram detectados e barrados nos três dias seguintes ao ataque inicial do Hamas.
- Segundo a Meta, sete vezes mais conteúdo nesses idiomas são removidos diariamente por violar as normas das plataformas em comparação com os dois meses que antecederam o conflito.