Meta e TikTok recebem ultimato da UE para detalhar medidas contra desinformação

Especialistas apontam para a proliferação de desinformação nas redes sociais após o ataque do Hamas contra Israel
Gabriel Sérvio19/10/2023 10h13
união europeia
Imagem: artjazz/Shutterstock
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A Comissão Europeia estabeleceu um prazo de uma semana para Meta e TikTok fornecerem mais detalhes sobre como irão conter a disseminação de conteúdo terrorista, violento e discurso de ódio em suas plataformas.

O que aconteceu

  • Segundo informações da Reuters, o órgão executivo da União Europeia confirmou nesta quinta (19) que enviou pedido de mais informações para as duas empresas.
  • Especialistas apontam para a proliferação de desinformação nas redes sociais após o ataque do Hamas contra Israel.
  • A Comissão pode abrir investigações sobre as empresas se não estiver satisfeita com as suas respostas.

Leia mais:

A Meta e o TikTok devem “fornecer as informações solicitadas” pela Comissão até 25 de outubro de 2023, próxima quarta-feira.

Vale ressaltar que, conforme a Lei dos Serviços Digitais (DSA), que entrou em vigor recentemente, as principais plataformas digitais são obrigadas a fazer o máximo para eliminar conteúdos ilegais e/ou prejudiciais, ou podem levar multas de até 6% no valor do seu volume de negócios global.

TikTok já anunciou medidas contra desinformação

  • O TikTok listou em comunicado divulgado no dia 15 de outubro algumas ações que tomou para conter a propagação da desinformação relacionada ao conflito no Oriente Médio; 
  • Segundo a rede social, suas ações incluem o lançamento de um centro de comando e o aprimoramento de seus sistemas automatizados de detecção para remover conteúdo gráfico e violento; 
  • Houve também a adição de mais moderadores que falam árabe e hebraico, além de aplicação da lei, conforme orientação de autoridades responsáveis. 

E a Meta?

  • Na sua declaração oficial, a empresa diz que criou um centro de operações com especialistas fluentes em hebraico e árabe.
  • A nova abordagem permite remover conteúdo e combater a desinformação com mais rapidez.
  • Mais de 795.000 conteúdos distintos em hebraico ou árabe foram detectados e barrados nos três dias seguintes ao ataque inicial do Hamas. 
  • Segundo a Meta, sete vezes mais conteúdo nesses idiomas são removidos diariamente por violar as normas das plataformas em comparação com os dois meses que antecederam o conflito.

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.