A Comissão Europeia retomou nesta sexta-feira (20) a investigação sobre a compra da Figma pela Adobe por US$ 20 bilhões. O órgão de fiscalização da União Europeia estabeleceu, inclusive, uma data limite para decidir se aprovará ou não o acordo: 5 de fevereiro. 

O que aconteceu? 

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  • A Adobe anunciou a compra da Figma, empresa especializada em ferramentas de colaboração em nuvem, em setembro do ano passado; 
  • A fusão deve acelerar a criatividade e colaboração entre usuários Adobe, além de trazer melhorias para a sua plataforma Creative Cloud; 
  • Contudo, reguladores da UE bloquearam a aquisição sob a justificativa da lei antitruste do país; 
  • Para eles, segundo a Reuters, o acordo pode eliminar um rival importante da Adobe e permitir-lhe restringir a concorrência nos mercados globais para o fornecimento de ferramentas de design de produtos interativos. 

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A UE solicitou, no mês passado, informações relacionadas a investigação para as empresas. Apesar da entrega de dados, no entanto, é possível que a Adobe precisa oferecer soluções para resolver as preocupações do órgão antes de garantir a aprovação regulatória para o acordo. 

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A Adobe e Figma não são as únicas a parar no pente fino regulatório da UE. A Microsoft e a Activision passaram meses negociando com a Comissão. Após a aprovação, o negócio bilionário entre as empresas, o maior no universo dos games, foi pausado ainda pelo Reino Unido, que exigiu alterações para a aprovação. Acordo de US$ 68,7 bilhões foi finalmente fechado apenas no início deste mês. 

A Adobe, desenvolvedora de softwares populares como Photoshop, Premiere e Illustrator, tem realizado compras significativas nos últimos anos. Em 2018, a empresa adquiriu a FactSet por US$ 4,75 bilhões, em 2020 comprou a Workfront por US$ 1,5 bilhão e em 2021 a frame.io foi adquirida por US$ 1,275 bilhão.