Os taikonautas (designação para os astronautas da China) tripulantes da missão Shenzhou-16 chegaram na Terra no final de outubro após ficarem cerca de 5 meses na estação espacial Tiangong. Mas, durante o período que estiveram por lá, eles cultivaram uma horta com alfaces, tomates-cereja e outros vegetais, como parte dos planos chineses de exploração do espaço profundo.
- A Shenzhou-16 foi comandada por Jing Haipeng, um veterano que já participou de quatro missões espaciais;
- Além dele, também estiveram a bordo da Tiangong os novatos Zhu Yangzhu e Gui Haichao;
- Os taikonautas embarcaram em direção à estação espacial no final de maio e voltaram para terra no dia 30 de outubro, depois que os tripulantes da Shenzhou-17 chegaram no dia 26.
Entre as experiências da missão, estavam o cultivo de hortaliças e vegetais no espaço. Para isso, os tripulantes usaram dois equipamentos de cultivos especializados. O primeiro foi usado para a primeira horta em junho e resultou na colheita de quatro lotes de alface. O outro equipamento foi acionado em agosto, sendo utilizado para plantar tomate-cereja e cebolinha.
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A horta poderá ser utilizada em missões de exploração do espaço profundo
Além dos equipamentos de cultivo em órbita, o Centro de Pesquisa e Treinamento de Taikonautas da China também reproduziu uma réplica do experimento aqui na Terra. A intenção é que os pesquisadores comparem os resultados das duas hortas para entender as divergências e semelhanças no crescimento dos vegetais no espaço e no solo.
De acordo com os pesquisadores, essa estratégia faz parte do plano chinês de exploração do espaço profundo a longo prazo. O sucesso da experiência determinará a quantidade de suprimentos necessários para missões de longa duração.
Este aparelho de cultivo de vegetais é uma parte fundamental de todo o Sistema de Controle Ambiental e Suporte à Vida [ECLSS]… No futuro, nos concentraremos no cultivo rápido e em grande escala.
Yang Renze, pesquisador do Centro de Pesquisa e Treinamento de Taikonautas da China, em resposta a CCTV
O objetivo da China é mandar dois taikonautas para a Lua até 2030, e, na próxima década, construir uma base lunar chamada de Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS). Uma viagem tripulada para Marte ainda está longe, mas está nos planos do país e a horta espacial poderia ser aplicada nessas missões. Além de fornecer suprimentos, a fotossíntese dos vegetais e hortaliças absorve dióxido de carbono do ar para gerar oxigênio, e depois, na transpiração, as plantas regeneram e purificam a água.
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