Um marco inovador no panorama energético mundial está previsto para ser alcançado em 2025: a estreia do primeiro gerador de energia térmica oceânica (OTEC) em escala comercial. Esse avanço representa um passo significativo na exploração do vasto potencial dos oceanos como fonte de energia renovável.

A ideia de extrair energia do diferencial de temperatura entre a superfície quente e as profundezas oceânicas vem sendo explorada há décadas. 

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Desde os primeiros experimentos, em 1881, até a construção de usinas de pequena escala em 1930, o conceito básico permaneceu o mesmo: capturar o calor da superfície e o frio das profundezas para acionar turbinas e gerar eletricidade de forma contínua.

A técnica consiste em uma balsa flutuante, ancorada nas águas profundas, abrigando um sistema de energia de circuito fechado. Este sistema utiliza um líquido refrigerante, como a amônia, que ferve com o calor da água superficial e se expande, acionando turbinas e gerando energia. Posteriormente, o líquido é resfriado pela água fria das profundezas, condensado e reciclado no processo.

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No entanto, esta dinâmica oferece alguns desafios, que vão desde a eficiência na extração da energia até questões como tempestades que podem danificar as estruturas oceânicas, bioincrustação e corrosão causada pela água do mar.

Dominique: a primeira plataforma de energia térmica oceânica em escala comercial

A empresa Global OTEC, com sede em Londres, na Inglaterra, está desenvolvendo um projeto revolucionário chamado Dominique, previsto para ser comissionado em 2025 ao largo da costa de São Tomé e Príncipe. 

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A intenção é fornecer 1,5 megawatts de energia de forma contínua, representando um avanço como a primeira plataforma OTEC em escala comercial.

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Entre os pontos negativos do projeto está o fato de que o custo da tecnologia é considerado bem alto. Além disso, a eficiência precisa ser aprimorada para competir com fontes de energia mais estabelecidas. 

Embora a Global OTEC e outros proponentes vislumbrem um futuro no qual usinas de grande escala poderiam gerar energia a preços competitivos, a jornada até lá é árdua. Projetos anteriores enfrentaram dificuldades técnicas, obstáculos financeiros e até mesmo propostas de combinação com atividades como a mineração de criptomoedas para tornar o empreendimento viável.

Conforme vemos, o potencial da tecnologia OTEC é inegável, mas o caminho para sua implementação comercial em larga escala ainda está repleto de obstáculos. Avanços tecnológicos, redução de custos e apoio financeiro serão essenciais para transformar essa visão em realidade. A jornada para integrar a energia térmica oceânica ao mix energético global é desafiadora, mas o potencial de fornecer uma fonte sustentável e contínua de energia é extraordinário.

Com informações do site New Atlas.