Contrariando a ideia de que os funcionários do Google têm cargas horárias leves, a maioria dos “Googlers” assalariados têm que trabalhar mais de oito horas por dia, conforme um memorando da big tech visto pela reportagem da CNBC.

A publicação vem após o relato que viralizou no início do ano de um engenheiro de software da empresa que afirmava ganhar um salário de seis dígitos programando apenas uma hora por dia.

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Quando um “Googler” (apelido dos funcionários da empresa) questionou ao departamento de recursos humanos da empresa se poderia organizar seu horário para trabalhar menos horas em mais dias, um representante disse que o funcionário médio do Google trabalha mais do que o padrão das 9h às 17h.

A maioria dos Googlers assalariados já trabalha mais de 8 horas por dia nos dias em que trabalham.

Representante de RH em mensagem vista pela reportagem.

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O documento revela que a empresa permite que os funcionários solicitem horários de 60% ou 80% do tempo integral.

Em nota enviada à CNBC, a porta-voz do Google Courtenay Mencini disse que os funcionários podem solicitar horários mais flexíveis que são analisados com base em suas funções e equipes.

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Como acontece com qualquer empresa, há momentos em que nossos funcionários trabalham mais de 40 horas por semana para cumprir prazos, cobrir colegas de equipe ou entregar produtos e serviços aos nossos usuários.

Courtenay Mencini.

Conforme relatou o TechRadar, o Google dá a entender que as opções oferecidas de agendamento solicitadas através dos gerentes de cada área são mais flexíveis do que semanas de trabalho compactadas.

Contexto

O Google ficou conhecido por ter amplas regalias corporativas, que foram muito utilizadas por empresas de tecnologia para adquirir talentos durante as últimas duas décadas. No entanto, 2023 marcou uma mudança na indústria, quando os ventos econômicos contrários levaram algumas dessas mesmas companhias a reduzir benefícios — isso sem falar nas demissões das big techs no ano.

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Funcionários palestinos denunciam “ódio, abuso e retaliação” dentro do Google

Recentemente, um grupo de funcionários do Google publicou uma carta aberta criticando a adoção de “dois pesos e duas medidas” em temas ligados ao conflito entre Israel e Palestina. O texto condena ações de “ódio, abuso e retaliação” da empresa contra trabalhadores muçulmanos, árabes e palestinos.

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