Após chocar o mundo da tecnologia ao anunciar a demissão de Sam Altman do cargo de CEO nesta sexta-feira (17), a OpenAI agiu rápido e já anunciou uma CEO interina. Trata-se de Mira Murati, albanesa que tem a missão de seguir melhorando o ChatGPT para brigar da melhor forma possível contra seus rivais, como o Google Bard.

Segundo a Época Negócios, Murati se mudou ainda bebê para os EUA com a família. Se formou em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Dartmouth, em New Hampshire.

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Carreira profissional

  • Sua primeira experiência no mercado foi como analista da Goldman Sachs de Tóquio (Japão), em 2011;
  • Em 2013, dava pintas de que estava se interessando por inteligência artificial (IA) ao ir para a Tesla, de Elon Musk (que cofundou a OpenAI). Lá, foi gerente de produto, dando forma inicial ao Autopilot;
  • Depois, partiu para a Leap Motion, empresa que estava trabalhando com realidade aumentada (RA) para substituir teclados;
  • A lentidão para produção do sistema a fez ir, em 2018, para a OpenAI, como VP de Applied AI & Partnerships e, depois, como CTO, cargo que ocupou até o momento.

Mira por Mira

Em entrevista à Time, em fevereiro, a nova CEO interina da OpenAI opinou que decisões sobre tecnologia também devem ser tomadas por pessoas de fora.

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Não acho que as decisões sobre tecnologia devam ficar apenas nas mãos das empresas de tecnologia. Somos um grupo pequeno de pessoas, e precisamos de muito mais gente discutindo sobre isso – e a conversa com certeza deve incluir reguladores e governos.

É fundamental que todos se envolvam, levando em conta o impacto que essas tecnologias irão ter.

Mira Murati, CTO e CEO interina da OpenAI, em entrevista à Time

Segundo a imprensa estadunidense, Murati é tranquila, sensata e focada no ser humano e em questões éticas. “Como já aconteceu com outras revoluções, o ChatGPT criará novos empregos e causará o desaparecimento de outros. Mas estou otimista”, disse ao apresentador Trevor Noah, do Daily Show, em 2022.

Ainda à Time, Murati disse que o pessoal da OpenAI se impressionou com o sucesso do ChatGPT. “Não imaginávamos que o produto teria um impacto tão grande. Na verdade, tínhamos dúvidas sobre lançar ou não. Estou curiosa para ver em que áreas ele realmente será útil e não apenas uma curiosidade para as pessoas.”

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Ela entende que o chatbot terá bom uso na educação. Para a executiva, o ChatGPT pode possibilitar o aprendizado customizado, pois pode adaptar conceitos complexos para pessoas com diferentes níveis de compreensão, podendo, assim, tornar o ensino mais justo e acessível.