Diante das constantes evoluções tecnológicas, a acessibilidade generalizada a dispositivos digitais e a proliferação de vídeos e outras mídias online tornaram-se elementos intrínsecos ao nosso cotidiano. Nesse cenário, o cinema não apenas reflete, mas também se adapta a essa revolução digital, incorporando as novas técnicas que surgem para contar histórias. Nesse contexto, surgiram os filmes found footage, que buscam a autenticidade ao simular registros amadores. 

No entanto, é nos filmes Screenlife que essa evolução atinge seu ápice, ao adotar a tela do computador como narrativa principal. Mas você já ouviu falar de filmes Screenlife? Se não, então confira mais a seguir.

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O que é Screenlife?

Técnica de narrativa visual, o Screenlife é um formato utilizado em produções audiovisuais, onde a trama se desenrola inteiramente na tela do computador ou dispositivo digital de um ou mais personagens. 

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Os filmes Screenlife contam suas histórias usando capturas de tela de algum dispositivo e geralmente apresentam a ação como se estivesse acontecendo em tempo real. 

As obras que adotam esse formato podem ser dos mais variados gêneros, desde terror e suspense até comédia.

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“Buscando…” (“Searching”, 2018) / Crédito: Sony Pictures Releasing (divulgação)

Screenlife: Qual a origem?

As raízes do formato Screenlife estão no found footage, técnica que também explora a estética do “real” e da autenticidade. No entanto, o formato Screenlife se destaca dessa abordagem ao amplificar a integração direta com o ambiente digital.

Já o termo Screenlife foi cunhado pelo cineasta e produtor russo-cazaque Timur Bekmambetov, figura proeminente no desenvolvimento desse formato. Ele é famoso por comandar a produção de filmes pioneiros do Screenlife, como “Amizade Desfeita” (2014), sua sequência “Amizade Desfeita 2”, “Buscando…” (2018) e “Profile” (2018), este último também escrito e dirigido por ele mesmo.

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“The Collingswood Story” (2002) / Crédito: Cinerebel Media LLC (divulgação)

Contudo, algumas experimentações com o uso de telas de computador em filmes já haviam sido realizadas nos anos 2000. O longa-metragem de terror de 2002 “The Collingswood Story”, com a direção de Michael Costanza é considerado o primeiro filme Screenlife. O filme apresenta toda a sua narrativa através de imagens de webcam e desktops de computador executando um bate-papo por vídeo.

Entretanto, o longa-metragem de terror “The Den” (2013) é considerado a primeira obra a se adequar ao formato Screenlife moderno.

“The Den” (2013) / Crédito: IFC Midnight (divulgação)