Streamer chinês faz lives seguidas e morre; entenda

Transmissões duraram das 21h às 6h e totalizaram nove horas seguidas em cinco dias
Rodrigo Mozelli29/11/2023 19h38
streamer
Imagem: Arsenii Palivoda/Shutterstock
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Um caso infeliz ocorreu na China, onde um streamer morreu após ser supostamente forçado a fazer transmissões durante cinco noites consecutivas. As lives duraram a noite inteira, totalizando nove horas seguidas. A situação ganhou maior atenção quando seu pai alegou que o jovem foi coagido a mudar para o turno noturno pela empresa responsável, que afirmou não ter responsabilidade.

O streamer, identificado como Li, era um estudante universitário em seu último ano e trabalhava em cooperação com a empresa de mídia Henan Qinyi Culture and Media. Ele recebia salário mensal de 3.000 yuan (aproximadamente R$ 2.060) para cumprir contrato que exigia 240 horas de lives em 26 dias, além de 15 vídeos curtos para redes sociais. Porém, suas transmissões normalmente eram diurnas.

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O que aconteceu

  • Segundo o China Daily, o pai de Li afirmou que a empresa o persuadiu a mudar para o turno noturno, citando maiores doações e audiência;
  • O jovem aceitou a proposta e transmitiu durante cinco noites seguidas, das 21h às 6h;
  • Infelizmente, durante uma dessas transmissões, seus amigos perceberam que sua respiração estava rápida enquanto ele dormia e não conseguia acordá-lo;
  • Uma ambulância foi chamada, mas infelizmente o jovem faleceu antes de chegar ao hospital.

A empresa que mantinha contrato com o streamer alegou que tudo se tratava de uma cooperação, onde eles forneciam o local em troca de uma parte das doações. Eles também afirmaram que a morte de Li ocorreu em casa alugada com amigos e não no estúdio usado para as transmissões ao vivo.

A empresa ofereceu 5.000 yuan (R$ 3.450) de ajuda aos pais do jovem, mas qualquer quantia maior teria que ser buscada via meios legais.

O pai de Li informou que a universidade em que seu filho estudava, a Henan’s Pingdingshan Vocational and Technical College, se ofereceu para ajudar juridicamente e que ele está buscando indenização junto às seguradoras. No entanto, ainda não foi divulgado se ele processará a empresa de mídia responsável pelo caso.


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Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.