O astrofotógrafo português Miguel Claro acabou de divulgar imagens impressionantes da Nebulosa do Véu, que se formou quando uma estrela supermassiva se tornou uma supernova. Além dela, na imagem também é possível outras três formações do tipo.

A Nebulosa do Véu, ou Cygnus Loop, se formou há cerca de 10 mil anos e foi descoberta em 5 de setembro de 1784, por William Herschel. Ela está localizada a cerca de 1400 anos-luz de distância, na constelação de Cygnus, o Cisne, e possui 70 anos-luz de diâmetro, ocupando um espaço equivalente a seis luas cheias no céu, quando vista da Terra.

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Quando a estrela supermassiva explodiu em uma supernova, ela expeliu seu material para o espaço, o que acabou criando os filamentos de gás ionizado emaranhados e brilhantes que podem ser observados atualmente. Na imagem, os fios avermelhados são criados pelo gás hidrogênio atômico, e os azuis-esverdeados pelo oxigênio.

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  • Além da Nebulosa do Véu, na imagem também é possível observar a Nebulosa Vassoura de Bruxa, ou NGC 6960, onde está localizada a estrela 52 Cygni;
  • O Fogo-fátuo Triangular de Fleming, ou NGC 6979 também foi capturado;
  • E um grande filamento de nebulosa, conhecido como NGC 6974, pode ser visto na borda norte da Cygnus Loop.

A foto e o fotógrafo da Nebulosa do Véu

Miguel Claro é fotógrafo profissional, autor e divulgador científico conhecido por criar imagens impressionantes do céu noturno, sendo especialista em “Skyscapes”. Ele é Embaixador Fotográfico do Observatório Europeu do Sul, membro do The World At Night e astrofotógrafo oficial da Reserva Dark Sky Alqueva.

Para fazer a imagem da Nebulosa do Véu, Claro fez as observações a partir do observatório Dark Sky Alqueva, em Portugal. A captura foi feita usando diferentes comprimentos de onda entre luz Ha, OIII e RGB. Os equipamentos utilizados foram o Anit-Halo PRO Dual-Band 3nm e uma Câmera Poseidon-C Pro do Player One Astronomy.