Na segunda-feira (25), o módulo robótico japonês SLIM chegou à órbita da Lua conforme planejado pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), entrando em órbita lunar às 4h51 (pelo horário de Brasília).
A espaçonave está em uma órbita elíptica que leva 6,4 horas para circundar a Lua, chegando a 600 km da superfície em seu ponto mais próximo e alcançando 4.000 km em seu ponto mais distante.
Sigla em inglês para Módulo de Pouso Inteligente para Investigar a Lua, SLIM deve chegar ao solo lunar no dia 19 de janeiro de 2024, se tudo sair de acordo com o programado. Com o sucesso dessa empreitada, o Japão entrará para o seleto grupo de nações que já pousaram suavemente na superfície da Lua. Até o momento, isso só foi feito pela Rússia (na época da União Soviética), EUA, China e Índia.
Lançada em setembro, junto com o telescópio XRISM (sigla em inglês para algo como “Missão de Imagem e Espectroscopia de Raios-X”), a sonda SLIM, que tem 2,2 metros de comprimento, começa agora a se preparar para sua tentativa de pouso.
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SLIM pode revolucionar o pouso humano na Lua
Quando isso acontecer, o equipamento poderá fazer jus ao apelido de “Moon Sniper”: SLIM pretende atingir seu alvo de zona de pouso com uma precisão de 100 m ou menos, abrindo caminho para esforços de exploração ainda mais ambiciosos no futuro.
Na descrição da missão, o Instituto de Ciências Espaciais e Astronáuticas (ISAS), organização ligada à JAXA e responsável pelo SLIM, diz que “esta é uma missão para pesquisar a tecnologia de pouso precisa necessária para futuras sondas lunares e verificar isso na superfície da Lua com uma sonda de pequena escala”.
Ao criar o módulo de pouso SLIM, os humanos farão uma mudança qualitativa para poder pousar onde quisermos e não apenas onde é fácil pousar, como era o caso antes. Ao conseguir isso, será possível pousar em corpos celestes ainda mais escassos em termos de recursos do que a Lua.
ISAS/JAXA em comunicado.
Segundo a JAXA, o SLIM também implantará duas minissondas na superfície lunar após o pouso. Essas naves filhas farão fotos, ajudarão os membros da equipe da missão a monitorar o status do módulo e fornecerão um “sistema de comunicação independente para contato direto com a Terra”.