Apple sofre novo rebaixamento em apenas uma semana; entenda 

Piper Sandler reduziu preço e classificação da big tech, que também teve mais uma queda nas ações
Tamires Ferreira05/01/2024 10h06
Ações Apple
Imagem: Tamires Ferreira/DALL-E (Olhar Digital)
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Ao que tudo indica, a Apple começou 2024 com o ‘pé esquerdo’. Após ter sua classificação rebaixada pelo Barclays no início desta semana, a big tech recebeu a negativa de mais uma instituição de investimentos, o Piper Sandler, conforme relatou a Reuters. O banco passou a recomendação de compra de “overweight” para “hold” (neutra), e ainda reduziu seu preço-alvo em US$ 15. 

O que você precisa saber: 

  • Com o novo rebaixamento, o segundo em uma semana, a Apple enfrenta o seu menor nível em dois meses; 
  • O Itaú BBA também rebaixou a recomendação da empresa; 
  • Assim como o Barclays, o Piper Sandler se baseou nas vendas fracas do iPhone 15 para a decisão — para analistas, o cenário deve refletir no lançamento do iPhone 16; 
  • O corte de US$ 15 no preço-alvo das ações da Apple deixou o valor em US$ 205 — em média, analistas têm um preço-alvo de US$ 200 para a Apple (o Barclays cortou bem mais); 
  • A ação de classificação derrubou as ações da empresa em 1,4%, fazendo com que seu valor de mercado caísse quase US$ 170 bilhões na primeira semana de 2024. 

Leia mais! 

Apesar de um início de ano conturbado, a Apple continua sendo a empresa mais valiosa em valor de mercado em todo o mundo, com uma capitalização de mais de US$ 2,8 trilhões. Suas recentes quedas reduziram apenas 8% do seu preço de fechamento mais alto de todos os tempos, registrado em meados de dezembro. 

Além disso, há pelo menos 27 analistas que têm uma classificação de “buy” (mais positiva) ou superior para a empresa. 

Estamos preocupados com a entrada de estoques de aparelhos no 1S24 [primeiro semestre de 2024] e também sentimos que as taxas de crescimento atingiram o pico nas vendas unitárias. A deterioração do ambiente macro na China também pode pesar sobre os negócios de aparelhos. 

Harsh Kumar, analista-chefe da Piper Sandler, em uma nota aos clientes. 

A Apple enfrenta uma desaceleração da demanda desde o início do ano passado, principalmente na China. Além da crise do mercado tech, a companhia enfrentou em 2023 o forte renascimento da Huawei no mercado de dispositivos móveis e uma liminar que proibiu funcionários do governo chinês de usar dispositivos estrangeiros.   

Previsões mostram ainda que, não apenas os iPhones e outros dispositivos, mas os serviços da Apple também podem ser impactados, já que muitos estão sendo analisados por autoridades americanas devido às práticas da App Store. 

Com os rebaixamentos e reduções de preços, as ações da Apple agora possuem o seu maior número de recomendações pessimistas em dois anos, de acordo com dados da LSEG. 

Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.

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