Com maior demanda por energia elétrica causada pelo aumento das temperaturas, a usina hidrelétrica de Itaipu produziu a maior quantidade de energia dos últimos cinco anos, conforme o g1.

Ao todo, a usina produziu 84 milhões MWh em 2023. Essa quantidade toda de energia é suficiente para abastecer toda a Terra por um dia e é mais do que o Brasil costuma consumir em um único mês.

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Rodrigo Pimenta, superintendente de operações de Itaipu, explica que “três fatores influenciam a produção da usina: a água, nosso recurso principal, a disponibilidade dos equipamentos e o consumo de energia dos sistemas elétricos brasileiro e paraguaio”.

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Itaipu indo além da capacidade

  • Itaipu foi concebida para produzir grande quantidade de energia e de forma rápida;
  • Dessa forma, sua geração acompanha a demanda;
  • Mas a onda de calor de 2023 fez com que brasileiros e paraguaios (que também são atendidos pela usina tupiniquim) consumissem mais energia que o normal;
  • Ainda, no mesmo período, a quantidade de água disponível no reservatório da barragem da usina subiu 40% ante a 2022;
  • Isso se deu pelo grande volume de chuva ao longo da bacia do Rio Paraná.

“A produção de energia elétrica recorde de Itaipu corresponde também a consumo de energia recorde. Então, o fato de a energia de Itaipu estar sendo tão produzida significa que estamos tendo consumo bem alto”, diz Walber Ferreira Braga, professor de engenharia de energia da UNILA, em entrevista ao g1.

Infraestrutura de Itaipu

A usina possui 20 unidades geradoras; essas turbinas podem produzir, simultaneamente, até 14 mil megawatts de energia para Brasil e Paraguai.

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Em nosso País, em certas épocas de 2023, Itaipu chegou a gerar 30% de toda a energia consumida em todo o território nacional, sendo que sua média não costuma passar de 10%.

Em 15 de agosto, data do apagão em cidades de Norte, Nordeste e Sudeste, a usina gerou mais energia do que o normal, chegando a gerar 6,5 mil megawatts – normalmente, sua geração é de 6.050 megawatts.

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“Se não utilizarmos a energia de maneira racional, vamos gastar esse produto, essa água, e, no futuro, teremos necessidade e demanda de consumir energia de outra fonte, tal como a termelétrica, que, além de ser poluente, ainda tem gasto econômico mais alto”, finaliza Braga.