Inseto é encontrado preso à mandíbula de dinossauro de 75 milhões de anos

Inseto estava preso em âmbar pré-histórico e foi localizado em mandíbula de dinossauro que viveu na América do Norte
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 09/01/2024 02h44
dinossauro-ambar-1.png
Imagem: McKellar et al., Scientific Reports
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Em uma descoberta digna de cena dos filmes da franquia Jurassic Park, paleontólogos localizaram um inseto preso à mandíbula de um dinossauro de 75 milhões de anos. O pulgão estava preso em âmbar pré-histórico, junto com fragmentos de árvores antigas.

Leia mais

Descoberta pode revelar mais informações sobre o hadrossauro

  • A descoberta é a primeira do tipo feita na América do Norte e é considerada rara.
  • Isso porque é necessário uma série de eventos extremamente improváveis para que o material seja preservado por tanto tempo.
  • O maxilar do dinossauro foi descoberto em 2010 no Parque Provincial dos Dinossauros em Alberta, no Canadá.
  • Ele pertencia a um hadrossauro de bico de pato chamado Prosaurolophus maximus, que eram bastante comuns durante o Cretáceo Superior na América do Norte.
  • No entanto, pouco se sabe sobre os hábitos deles.
  • Dessa forma, os paleontólogos acreditam que a descoberta pode ajudar a desvendar alguns dos mistérios em torno desses antigos animais.
  • As informações são da IFLScience.
(Imagem: McKellar et al., Scientific Reports)

Como o âmbar ficou preso à mandíbula do dinossauro?

Embora o âmbar do Cretáceo seja relativamente abundante, é muito raro encontrar restos de dinossauros presos nele, muito menos com um fóssil de inseto de bônus.

Os pesquisadores acreditam que, após a morte do hadrossauro, os restos do dinossauro sofreram decomposição, antes de serem levados para um rio. Simultaneamente, uma mancha de resina de uma sequoia ou de uma árvore de coníferas araucárias, contendo o inseto preso, caiu na água e foi levada pela correnteza até se chocar e grudar com a mandíbula.

Ao longo de dezenas de milhões de anos, o material ficou enterrado em sedimentos, durante os quais a resina endureceu em âmbar. Se a resina e o osso tivessem entrado em contato em um estágio ligeiramente diferente, nada disso teria acontecido e o achado não seria possível.

O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.