A Rússia deve lançar, nesta segunda-feira (15), uma versão própria da Wikipédia, enciclopédia on-line mais popular do mundo. De acordo com a Reuters, a nova plataforma, chamada Ruwiki, vem sendo testada desde 2023 e já possui mais artigos que a opção em inglês. 

O que você precisa saber: 

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  • A novidade chega em meio ao conflito da Rússia com a Ucrânia, cenário que levou a uma repressão ao conteúdo divulgado pela internet no país; 
  • Embora a Rússia não planeje bloquear a Wikipédia, o portal já recebeu uma série de multas por conteúdo relacionado a guerra; 
  • Conforme a mídia russa, o presidente russo, Vladimir Putin, deu sua aprovação para novas plataformas alternativas à Wikipédia em maio de 2022; 
  • Ao que indica a imprensa do país, o Ruwiki já é considerado um sucesso entre os russos. 

Leia mais! 

Segundo o jornal Izvestia, os artigos mais lidos durante a fase de testes do Ruwiki incluíam uma lista de mortes em 2023, a escalada do conflito árabe-israelense, a operação militar da Rússia na Ucrânia e a maior bilheteria filmes na Rússia. 

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O levantamento apontou ainda que um usuário médio passaria mais de seis minutos no site, e a profundidade média de visualização era superior a cinco páginas na fase de teste. 

Os fundadores da nova versão russa da Wikipédia não divulgariam quanto custou o projeto. Também não há nomes dos investidores no novo site — como ocorre de costume. 

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Wikipédia multada na Rússia 

Apenas no primeiro semestre de 2023, a Wikipédia foi multada ao menos sete vezes na Rússia pela não remoção de conteúdos considerados falsos ou proibidos no país.  

Em uma das penalidades, a Wikimedia Foundation, dona da enciclopédia on-line, foi condenada a pagar dois milhões de rublos (US$ 24,5) por divulgar informações sobre a guerra na Ucrânia. Segundo o tribunal russo, o texto continha “conteúdo proibido” relacionado aos militares russos.   

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A Wikipédia é uma das poucas fontes independentes de informação em russo que sobreviveu a repressão estatal ao conteúdo online depois que Moscou invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.