Finalizando sua “turnê mensal” de janeiro pelos planetas do Sistema Solar, após passar por Mercúrio (9), Marte (10) e Saturno (14), a Lua vai visitar Júpiter nesta quarta-feira (17), ficando bem pertinho dele no céu em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica. 

Essa série de conjunções que a Lua faz mensalmente ocorre porque ela orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

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De acordo com o site In-The-Sky.org, o encontro desta quarta acontece às 17h42 (todos os horários mencionados têm como referência o fuso de Brasília). Nesse momento, a Lua vai passar a pouco mais de 2º ao norte de Júpiter.

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Júpiter neste sábado (25). Crédito: SolarSystemScope

Ainda segundo a plataforma, duas horas antes, ocorre o chamado appulse, termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com o guia de astronomia Starwalk Space.

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O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois astros, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no momento em que os dois objetos compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).

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Lua e Júpiter não estarão visíveis durante a conjunção

Devido à posição dos astros abaixo da linha do horizonte, eles não poderão ser observados em nenhum desses dois momentos. Do ponto de vista de um observador baseado em São Paulo, por exemplo, a dupla poderá ser vista somente a partir das 19h13 – até poucos minutos após a meia-noite de quinta-feira (18).

De qualquer forma, mesmo já não estando mais efetivamente em conjunção, Lua e Júpiter ainda poderão ser vistos muito próximos um do outro ao longo da noite (não o suficiente para caberem dentro do campo de visão de um telescópio, mas facilmente observáveis a olho nu ou através de um par de binóculos).

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A Lua estará em magnitude de -12.1, e a de Júpiter será de -2.5, ambos na constelação de Áries. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.