A Microsoft acaba de divulgar os resultados do último trimestre do ano passado e a aquisição da produtora de games Activision Blizzard já mexeu com as contas da empresa de Bill Gates.

A fabricante de softwares obteve uma receita de US$ 62 bilhões e lucro líquido de US$ 21,9 bilhões durante o período. A receita aumentou 18% e o lucro líquido aumentou 33%.

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Esse foi o primeiro relatório publicado depois de a Microsoft se tornar uma empresa de US$ 3 trilhões.

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Pela primeira vez na história, o setor de games da companhia teve um faturamento maior que o Windows. Os jogos contribuíram com US$ 7,11 bilhões no trimestre, mais do que os US$ 5,26 bilhões do sistema operacional. Com isso, os games se tornaram a terceira principal receita da empresa.

Esse salto tem a ver com a compra da Activision Blizzard, desenvolvedora de franquias como Call of Duty, OverWatch e Diablo.

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Como já informamos aqui no Olhar Digital, essa aquisição deve fazer com que a Microsoft mude algumas políticas e convicções que tinha antes em relação a essa área.

Os números confirmam essa tendência. O Xbox Game Pass, por exemplo, não registrou um número expressivo de novos assinantes no período. Já os consoles Xbox tiveram uma alta de apenas 3% nas vendas, mesmo com as diversas promoções de inverno lançadas.

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A alta de 49% nas receitas com games foi sustentada, principalmente, pela Activision Blizzard.

Quais são as maiores receitas?

  • Como dissemos aqui, os games foram a terceira receita e o Windows a quarta.
  • O segundo lugar ficou com o Office, que faturou US$ 13,47 bilhões no último trimestre do ano passado.
  • E o campeão da Microsoft são os produtos de servidor e serviços em nuvem, com impressionantes US$ 23,95 bilhões.
  • As receitas do Office e da nuvem reinam supremas, contribuindo com quase 60% da receita geral da companhia.
  • A Microsoft também tem vendido o Copilot para o Microsoft 365 nos últimos meses, mas a empresa não detalha como a venda de complementos de IA está impactando seus ganhos.
  • O maior impacto para as ambições de IA da Microsoft virá dos seus investimentos no Azure OpenAI.

O futuro – que chegou – é a IA

Na última década, o presidente-executivo da Microsoft, Satya Nadella, apostou em parcerias com a OpenAI, dona do ChatGPT e pioneira no ramo da Inteligência Artificial.

O movimento rendeu ótimos frutos à empresa de Bill Gates. Financeiros, inclusive. A Microsoft é a maior parceira da startup e investiu cerca de US$ 13 bilhões na OpenAI nos últimos cinco anos, ficando com 49% dos lucros.

Além disso, a companhia está hoje à frente de concorrentes como Alphabet e Meta. A empresa tem ainda uma ótima chance de ser uma líder de software em IA, segundo especialistas.

Esse acordo também deu à Microsoft acesso antecipado aos modelos mais recentes da OpenAI, que são treinados e hospedados no serviço de computação em nuvem da empresa, o Azure.

O mercado financeiro está otimista com a perspectiva de que essas ferramentas de IA se conectem cada vez mais aos principais softwares da Microsoft, como Word, Outlook e Teams. No futuro, isso deve gerar um novo e importante fluxo de receita para a empresa.

As informações são do The Verge.