Imagem: Brian Choo/Universidade Flinders
Pesquisadores descobriram que um fóssil de 380 milhões de anos localizado na Austrália seria de um animal “intermediário” entre os peixes atuais e os tetrápodes (vertebrados terrestres com quatro membros). Os trabalhos de análise duraram 50 anos.
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O que permitiu as conclusões do estudo foi o fato do material recuperado contar com um crânio quase completo e boa parte do corpo preservado. Os pesquisadores ficaram impressionados com as descobertas.
O fóssil foi nomeado Harajicadectes zhumini em referência ao local onde foi encontrado, à palavra grega dēktēs (“mordedor”) e ao pesquisador Min Zhu, que deu importantes contribuições aos estudos de vertebrados mais primitivos.
A espécie tinha cerca de 40 centímetros e é descrita como um predador com nadadeiras lobadas, presas grandes e escamas ósseas. Uma das suas características mais marcantes está relacionada ao crânio, que contém grandes aberturas no topo.
Segundo os cientistas, essa composição indica que o peixe antigo era capaz de respirar dentro (a partir da respiração branquial tipicamente associada aos peixes) e também fora da água.
Esse é um elemento visto em outros tipos de tetrapodomorfos no Devoniano Médio e no Devoniano Superior. Para os pesquisadores, essa adaptação pode ter coincidido com um período no qual houve uma diminuição de oxigênio atmosférico na Terra.
Novos estudos são necessários para entender qual a posição do Harajicadectes zhumini dentro do processo de evolução dos peixes.
Esta post foi modificado pela última vez em 6 de fevereiro de 2024 12:44