Mais um caso trabalhista envolvendo a SpaceX, de Elon Musk. A empresa foi multada em US$ 3.600 (quase R$ 18 mil) após um acidente em uma instalação da companhia no estado de Washington. De acordo com as autoridades de segurança do trabalho dos Estados Unidos, um trabalhador quase sofreu uma amputação na oportunidade.

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As investigações apontaram que um rolo de material caiu e esmagou o pé de um trabalhador da SpaceX. A empresa alegou que se tratava de um incidente isolado e que o problema havia sido corrigido.

Os inspetores, no entanto, descobriram que os funcionários não eram obrigados a usar sapatos com biqueira de aço, apesar dos rolos de materiais que eles tinham que carregar em uma máquina pesarem 136 quilos cada.

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O trabalhador que ficou ferido disse que a máquina onde os rolos eram carregados “havia sido deliberadamente configurada de forma incorreta com o objetivo de aumentar a taxa de produção durante a fase de carregamento do material”. Outro funcionário da companhia informou aos inspetores que “a segurança é negligenciada” porque a “meta da empresa é produzir o máximo possível em um curto espaço de tempo”.

A SpaceX é acusada de desrespeitar sistematicamente as normas de segurança do trabalho (Imagem: Sundry Photography/Shutterstock)

Empresa já recebeu diversas multas por falhas na segurança do trabalho

  • Este não é um caso isolado envolvendo a SpaceX.
  • A empresa é acusada de desrespeitar sistematicamente as normas de segurança do trabalho e as práticas padrão em suas instalações nos EUA.
  • Desde 2014, foram pelo menos 600 casos envolvendo trabalhadores feridos, incluindo um caso de funcionário que permanece em coma, além de uma morte.
  • Neste mesmo período, a companhia recebeu multas que totalizaram mais de US$ 50 mil (cerca de R$ 250 mil).
  • Segundo os inspetores do Departamento de Trabalho e Indústrias do estado de Washington, a unidade da empresa em Redmond, Washington, por exemplo, não tinha um “programa de segurança completo”, comunicação adequada das regras de trabalho e um sistema para “corrigir violações”.
  • As falhas foram constatadas em inspeção realizada em dezembro do ano passado.
  • As informações são da Folha de São Paulo.