Mike Turner, deputado e presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos EUA, afirmou, nesta quarta-feira (14), que a Rússia está colocando o país sob “séria ameaça à segurança nacional”.

Segundo o g1, militares estadunidenses informaram ao The New York Times que o país europeu está desenvolvendo arma nuclear espacial antissatélite.

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Já fontes da Reuters confirmaram tal informação, e que a ameaça seria para operações espaciais envolvendo a Rússia, alertando assim seus aliados na Europa, pois isso pode representar ameaça internacional.

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Autoridades dos EUA informaram ainda que a arma nuclear está sendo desenvolvida, não tendo sido colocada em órbita ainda. Dessa forma, eles consideram que ela é “séria ameaça à segurança nacional”, mas que não é ameaça urgente nem aos EUA, nem a seus aliados europeus, tampouco à Ucrânia.

Turner afirmou, em comunicado, que o Congresso já está ciente dos riscos, após comunicação do Comitê de Inteligência. Ele pediu, ainda, que o presidente do país, Joe Biden, retire a confidencialidade das informações acerca da ameaça.

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Solicito que o Presidente Biden retire a confidencialidade de todas as informações relacionadas a esta ameaça para que o Congresso, a Administração e nossos aliados possam discutir abertamente as ações necessárias para responder a esta ameaça

Mike Turner, deputado e presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos EUA, em comunicado

  • Turner, todavia, não deu mais detalhes;
  • Duas fontes da Reuters informaram que a questão é altamente confidencial e também não deram mais detalhes;
  • Nesta semana, os russos usaram, pela primeira vez, seu míssil hipersônico, o Zircon, capaz de viajar nove vezes a velocidade do som;
  • O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o míssil, em conjunto com outras seis armas de sua frota, são “invencíveis”.

Depois de Turner liberar o comunicado, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, alegou haver reunião marcada entre os principais legisladores de inteligência dos EUA para esta quinta-feira (15). Nela, o assunto será pauta.

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Estou um pouco surpreso que Turner tenha divulgado publicamente essa ameaça hoje [14], antes de uma reunião que já estava agendada, em que irei me sentar junto dele e de nossos profissionais de Inteligência e Defesa amanhã [15].

Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca

Ele também não deu mais detalhes sobre o assunto.

Já os senadores Mark Warner e Marco Rubio, presidente democrata e vice-presidente republicano do Comitê de Inteligência do Senado, soltaram uma nota em conjunto, na qual alegaram não haver motivo para alarde e que o comitê está monitorando rigorosamente a situação.

Continuamos levando este assunto a sério e estamos discutindo uma resposta apropriada com a administração. Enquanto isso, devemos ser cautelosos ao potencialmente divulgar fontes e métodos que podem ser chave para preservar uma variedade de opções para ação dos EUA.

Mark Warner, presidente do Comitê de Inteligência do Senado e Marco Rubio, vice-presidente, em declaração

Outra fonte da Reuters apontou que Warner e Rubio foram informados sobre a situação há duas semanas. Ela informou, ainda, que há relação indireta do problema com um projeto de lei de gastos com segurança que está no Congresso local.

Qual a correlação?

A administração Biden vem criticando cada vez mais os republicanos da Câmara dos Deputados por conta de um possível bloqueio a um projeto de lei no valor de US$ 95 bilhões (R$ 472,14 bilhões, em conversão direta), que fora aprovado pelo Senado e serve de ajuda à Ucrânia, Israel e Taiwan.

Quem é a favor do projeto alega que uma das principais razões de os EUA apoiarem os ucranianos é se defender contra ameaças russas que vão além das fronteiras da Ucrânia.