A animação O Menino e a Garça, dirigida por Hayao Miyazaki, estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (22). O longa do Studio Ghibli, indicado na categoria Melhor Animação do Oscar de 2024, é o último entre os listados da premiação com previsão de estreia por aqui.

O filme é inspirado num romance de 1937 e contém elementos fantásticos e autobiográficos. A história segue Mahito, um garoto que se muda para o campo após a Segunda Guerra Mundial e descobre um mundo mágico. No estilo Miyazaki de contar histórias, esta explora temas adultos e complexos.

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Confira abaixo o trailer (também existe uma versão em inglês, que chamou atenção nas redes sociais quando foi lançada):

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O filme estreou em julho de 2023 no Japão, onde teve a maior abertura de um título do Studio Ghibli, mesmo sem divulgação prévia. A animação, que também já passou nas telonas estadunidenses, marca o retorno de Miyazaki à indústria cinematográfica desde 2013, quando decidiu se aposentar – mas aí mudou de ideia. No Globo de Ouro, O Menino e a Garça levou o prêmio na categoria Melhor Filme de Animação.

Outras estreias do Oscar no Brasil

Outros quatro filmes indicados ao Oscar chegaram às telonas brasileiras em 2024. O drama “de guerra” britânico Zona de Interesse, da produtora A24, chegou às telonas brasileiras na quinta-feira passada (15). O cineasta Jonathan Glazer, responsável pelo projeto, está entre os indicados ao Oscar de 2024 na categoria Melhor Direção. O longa também aparece nas categorias: Melhor Som, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Filme Internacional e Melhor Filme.

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Zona de Interesse, já premiado no Festival Cannes, mostra a vida bucólica de uma família no interior da Polônia nos anos 1940 – isto é, durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, a família é de um oficial nazista. E a casa fica ao lado do campo de concentração de Auschwitz. O enredo adapta o romance homônimo, escrito por Martin Amis e publicado em 2014.

Outro indicado ao Oscar que estreou por aqui neste ano foi o musical A Cor Púrpura, dirigido por Blitz Bazawule e com Danielle Brooks entre as indicadas ao Oscar na categoria Melhor Atriz Coadjuvante pela sua performance no papel de Sofia. O longa se baseia no romance homônimo escrito por Alice Walker. Seu enredo se desenrola a partir das cartas escritas por uma jovem endereçadas a Deus. Celie (Fantasia Barrino) é uma mulher afro-americana que vive no sul dos Estados Unidos no começo do século 20. Ela tenta superar os traumas deixados pelo abusos do pai e do marido ao longo dos anos e, para isso, contará com o apoio e a força de uma irmandade de mulheres.

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Outra estreia do Oscar nas telonas brasileiras foi a mistura de romance, Era Vitoriana e ficção científica Pobres Criaturas, de Yorgos Lanthimos. Junto à Oppenheimer, de Christopher Nolan, Pobres Criaturas liderou as indicações ao Oscar. O longa de Lanthimos foi indicado em 11 categorias – entre elas: Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz.

No filme, a jovem Bella Baxter (Emma Stone) é trazida de volta à vida pelo cientista Godwin Baxter (Willem Dafoe), mas com cérebro de bebê. Querendo ver mais do mundo, ela foge com o advogado Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo) e viaja pelos continentes. Livre dos preconceitos de sua época, Bella exige igualdade e libertação.

Emma Stone já ganhou 14 prêmios pela sua perfomance no papel de Bella – entre eles, o Globo de Ouro e Critic’s Choice Awards. Além disso, o trabalho de Emma no longa de Lanthimos fez dela a favorita ao Oscar de Melhor Atriz.

Outros dois filmes indicados ao Oscar estrearam nas telonas do Brasil em janeiro: Vidas Passadas, de Celine Song; e Anatomia de Uma Queda, de Justine Triet. O primeiro longa foi indicado nas categorias Melhor Roteiro Original e Melhor Filme, enquanto o segundo concorre em Melhor Atriz, Roteiro Original, Montagem, Direção e Melhor Filme.

O romance Vidas Passadas conta a história do casal de amigos sul-coreanos Nora (Greta Lee) e Tem Yoo (Hae Sung). Eles se reencontram em Nova York, nos Estados Unidos, 20 anos após Nora deixar a Coreia do Sul com a família. Numa semana fatídica, eles confrontam noções de amor, destino e escolhas.

No suspense francês Anatomia de Uma Queda, Sandra, uma escritora famosa, é suspeita de matar o marido. A morte de Samuel ocorre nos Alpes suíços, onde o casal morava com o filho Daniel, de 11 anos, numa cabana isolada.

O julgamento de Sandra, tanto no tribunal quanto na internet (principalmente nas redes sociais), levanta reflexões sobre informação e verdade nos dias de hoje. Além da indicação ao Oscar, o longa conquistou Palma e Globo de Ouro na categoria filme estrangeiro.