TIM bate recorde de velocidade no 5,5G em teste no Brasil

Operadora alcançou notáveis 11,6 Gbps, algo que será difícil de ser disponibilizado aos usuários finais
Rodrigo Mozelli27/02/2024 20h13
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Imagem: Rodrigo Mozelli (gerado com IA)/Olhar Digital
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Em testes realizados em seu laboratório no Rio de Janeiro (RJ), a TIM alcançou velocidade recorde no 5,5G, ou 5G Advanced, evolução do 5G que precede o 6G.

Segundo a operadora de telefonia, a velocidade de transferência de dados alcançada foi de 11,6 Gbps, valor inédito nas Américas. Eles teriam sido realizados em equipamentos da Huawei, em frequências de 3,5 GHz, 2,3 GHz e 26 GHz.

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5,5G é a bola da vez

  • A MWC, feira de telecomunicações que acontece em Barcelona (Espanha), tem tido como grande tema o 5,5G;
  • A velocidade alcançada pela TIM, é dez vezes acima do 5G convencional, que alcança 1 Gbps em usos reais;
  • Além disso, essa velocidade é superior às oferecidas pelas grandes operadoras de internet fixa, que chega aos 2 Gbps, sendo que a média nacional, segundo a Anatel, é de 334,5 Mbps.

A TIM entende que o avança permitirá aos usuários o uso de recursos, como a realidade virtual (RV), realidade aumentada (RA) e realidade estendida (RE), além de aplicações relacionadas à IoT.

Resultados do teste da TIM (Imagem: Divulgação/TIM)

“Estamos muito satisfeitos com os resultados alcançados”, afirmou Marco Di Constanzo, Diretor de Desenvolvimento de Rede da TIM Brasil, e pontou ainda que “damos mais este passo rumo a melhor qualidade do serviço e eficiência de nossa rede”.

5G Advanced

O 5G Advanced se assemelha ao LTE Advanced em sua tecnologia, pois também é baseado na chamada agregação de portadoras. Ou seja, ele se conecta é vários espectros para aumentar desempenho e velocidade da conexão.

Apesar da incrível velocidade alcançada, é difícil que tenhamos ela chegando em condições normais de uso, pois foi alcançada em testes de laboratório. Ainda, o uso do espectro de 26 GHz é complicada de se reproduzir em nosso dia-a-dia, pois, mesmo permitindo velocidades maiores, seu alcance é baixo, podendo ser barrado por árvores e vidros, por exemplo.

Contudo, ele é mais promissor em locais específicos com presença de multidões, a exemplo, estádios de futebol, shoppings e aeroportos, locais onde a quantidade de pessoas dificulta a oferta de sinal eficaz, diminuindo a velocidade de conexão.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.