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Após um lançamento perfeito e a chegada à órbita da Lua, a sonda Nova-C (nesta versão, chamada de Odysseus), da Intuitive Machines, pousou de forma indevida e tombou no solo lunar. Isso atrapalhou a comunicação com a Terra e dificultou o uso de certas ferramentas que a NASA queria testar.
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No entanto, Bill Nelson, administrador da agência, disse a repórteres nesta quarta-feira (28) que a missão é considerada um sucesso. “Estamos no sexto dia do que foi planejado como uma missão de oito dias. E ainda estamos recebendo dados. E estamos recebendo dados de todos os nossos seis instrumentos”.
Os instrumentos da NASA incluem um sensor de descida e pouso baseado em laser, um sistema de câmeras para detalhar a pluma gerada pelo pouso lunar de Odysseus e um novo “medidor de combustível da era espacial”, que utiliza sensores para medir o propelente remanescente nos tanques do módulo de pouso.
NASA e Intuitive Machines fornecem atualizações sobre a missão
Quando o veículo robótico de 4,3 metros de altura chegou ao destino esperando, pousando em uma cratera erodida perto do polo sul lunar chamada Malapert A, ele tropeçou na superfície, deixando a espaçonave torta. Até esta quarta-feira (28), o estado da espaçonave e de todos os instrumentos científicos ainda não estava claro.
Em uma coletiva de imprensa realizada nesta tarde, no Centro Espacial Johnson, da NASA, representantes da agência e da Intuitive Machines forneceram atualizações da missão IM-1, que marcou o retorno dos EUA ao satélite natural da Terra desde o fim do programa Apollo, há mais de meio século.
Estiveram presentes Joel Kearns, vice-administrador associado do setor de Exploração da Diretoria de Missões Científicas da NASA, Sue Lederer, cientista de projetos do programa Serviços Comerciais de Carga Útil Lunar (CLPS) da agência, Steve Altemus, CEO e cofundador da Intuitive Machines, e Tim Crain, CTO e cofundador da empresa.
A missão IM-1 pousou com sucesso a primeira espaçonave na região do polo sul da Lua, marcando o primeiro retorno dos Estados Unidos desde a Apollo 17 e o primeiro módulo de pouso lunar comercial a transmitir dados científicos valiosos de cada carga útil da NASA da superfície lunar. Além disso, a operação do sistema de propulsão de metano líquido e oxigênio líquido da empresa no espaço profundo é comprovada em voo por meio de operações de missão bem-sucedidas. A Intuitive Machines alcançou essas conquistas na primeira tentativa da empresa de pousar na Lua.
Intuitive Machines, em comunicado
Segundo informado na conferência, a espaçonave superou as expectativas, fornecendo não apenas dados de todos os instrumentos da NASA, como também das demais seis cargas úteis de empresas comerciais parceiras.
Selfies do pouso de Odysseus na Lua
Durante a coletiva, a empresa apresentou novas imagens feitas pelas câmeras de pouso da sonda Odysseus. Nelas, é possível ver o módulo inclinado na superfície da Lua e uma de suas “pernas” quebrada, “mas ainda mais ereto do que pensávamos inicialmente”, disse Altemus na coletiva.
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A missão IM-1 faz parte do CLPS, programa por meio do qual a NASA contrata empresas privadas dos EUA por serviços de carga para a Lua. A agência considera o CLPS uma maneira mais econômica de fazer ciência, ao mesmo tempo em que semeia o que espera que se torne uma economia lunar próspera.
Segundo revelado na coletiva, a Intuitive Machines tem mais duas missões à Lua em perspectiva para 2024 – sendo que a próxima fará um robô perfurar a superfície do astro. “Abrimos as portas para uma economia cislunar robusta e próspera no futuro. Isso é convincente”, disse Altemus. “Acho que esse experimento CLPS, esse primeiro pouso, o sucesso na Lua para os EUA pela primeira vez em 52 anos, é realmente um ponto da história que devemos comemorar”.
Esperava-se que a missão IM-1 durasse cerca de meio dia lunar, que equivale a mais ou menos sete dias terrestres. Isso se tornou uma incerteza, já que os painéis de captação de energia solar não estão bem posicionados após o tombo.
No entanto, a Intuitive Machines informou que “Odysseus continua a gerar energia solar na Lua”, o que pode cumprir o prazo estabelecido, sendo desligada na sexta-feira (1º), quando tiver início a noite lunar, podendo despertar novamente dentro de duas semanas, como aconteceu com a sonda japonesa SLIM.
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