No início deste ano, o satélite Terra, da NASA, estava sobrevoando o Golfo do México quando um de seus instrumentos tirou uma foto de padrões que pareciam socos nas nuvens.

Não é a primeira vez que esse fenômeno inusitado é observado. Segundo a agência, pesquisadores vêm documentando isso desde a década de 1940. No entanto, somente há cerca de 15 anos é que os cientistas finalmente encontraram uma explicação.

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Esses padrões circulares são oficialmente chamados de nuvens de cavum, de perfuração ou buracos de raia. Eles são tão grandes que podem ser vistos tanto do chão quanto do espaço.

Nuvem cavum registrada no céu sobre Victoria, capital da Colúmbia Britânica, no Canadá. Crédito: PR2is – Shutterstock

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Nuvens cavum são resultantes da ação humana

Se não fosse a tecnologia humana, as nuvens cavum nunca existiriam. Elas se formam quando os aviões voam por bancos de nuvens de nível médio (aquelas feitas de gotículas super-resfriadas) – de acordo com um par de estudos publicados em 2010 e 2011.

Pesquisadores do Centro de Pesquisas Langley, da NASA, descobriram em 2010 que quanto mais raso o ângulo que o avião leva para passar pelas nuvens, maior será o cavum deixado para trás. A análise mostrou que qualquer tipo de avião pode produzir nuvens cavum.

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O satélite Terra capturou fotos de um “aglomerado” de nuvens de cavum perto da costa oeste da Flórida em 30 de janeiro. Os mais de mil voos por dia originários do Aeroporto Internacional de Miami são um dos principais contribuintes para o fenômeno, segundo a agência.

Projetado para estudar as mudanças na atmosfera do planeta e os efeitos das mudanças climáticas, o satélite Terra fornece os dados para mapear o impacto da atividade humana e dos desastres naturais.