Esclarecendo dúvidas que ainda pairam sobre como aplicativos de terceiros serão vinculados ao WhatsApp e ao Messenger, a Meta revelou mais detalhes sobre como esses programas vão operar em seus dois mensageiros. As informações são do site Engadget.

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A Meta se tem visto obrigada a tornar seus aplicativos abertos para operação dentro de apps de terceiros, para cumprir a Lei dos Mercados Digitais (DMA), uma nova lei da União Europeia que entra em vigor esta semana.

“Acreditamos que a melhor maneira de oferecer interoperabilidade é através de uma solução que se baseie na arquitetura cliente/servidor existente da Meta”, escreveu Meta em um blog.

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“A abordagem que adotamos em termos de implementação de interoperabilidade é a melhor maneira de atender aos requisitos de DMA, ao mesmo tempo que criamos uma abordagem viável para os provedores terceirizados interessados em se tornarem interoperáveis com Meta e maximizar a segurança e a privacidade do usuário”, acrescenta a empresa.

whatsapp
Imagem: oasisamuel/Shutterstock

O que a interoperabilidade entre apps de terceiros e WhatsApp e Messenger vai permitir

  • Segundo a Meta, essa interoperabilidade já vinha sendo desenvolvida pela empresa em conjunto com a Comissão Europeia há quase dois anos.
  • A ideia inicial é que interoperabilidade possa suportar mensagens de texto e a capacidade de partilhar imagens, notas de voz, vídeos e outros arquivos.
  • Em planos mais ousados, a Meta planeja, a longo prazo, ser capaz de habilitar bate-papos em grupo e chamadas entre WhatsApp e Messenger e aplicativos de terceiros.

Os donos de aplicativos de terceiros precisam executar um protocolo que vai selar a interoperabilidade com os apps da Meta. Em um primeiro momento, desenvolvedores terceirizados estarão limitados a usar o protocolo Signal para se conectar ao Messenger e ao WhatsApp.

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A Meta usa esse protocolo para criptografia ponta a ponta (E2EE) em ambos os aplicativos, “pois representa o padrão ouro atual para bate-papos E2EE”. Quem não desejar fazer o uso do Signal, até terá a opção de usar um protocolo compatível, mas apenas “se conseguirem demonstrar que ele oferece as mesmas garantias de segurança do Signal”.

Uma questão importante a se abordar é que a Meta garante a privacidade das conversas quando se trata de mensagens inteiramente dentro dos ecossistemas WhatsApp e Messenger, por possuir o controle tanto da criptografia de envio quanto a de recebimento dessas mensagens. Simplificando, nas conversas dentro dos apps da Meta, apenas o remetente e os destinatários pretendidos poderão ver as mensagens, e essa segurança é garantida pela companhia.

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Messenger
Imagem: Primakov / Shutterstock

A situação não é a mesma quando envolvem aplicativos de terceiros, fora do ecossistema controlado pela Meta. A empresa alega o seguinte: “embora tenhamos construído uma solução segura para interoperabilidade que usa a criptografia do protocolo Signal para proteger mensagens em trânsito, sem propriedade de ambos as pontas, não podemos garantir o que um provedor terceirizado faz com mensagens enviadas ou recebidas”.

Ou seja, a Meta alega que não pode garantir segurança ou privacidade total quando se trata de mensagens originadas ou enviadas para um aplicativo de terceiros.

Para uso da interoperabilidade, os fabricantes de aplicativos de mensagens de terceiros precisarão assinar um acordo com a Meta. Ao assinar, a empresa e a Meta precisam estar prontas para ativar a interoperabilidade com o outro serviço dentro de três meses após o recebimento da solicitação. A Meta, no entanto, admite que “pode levar mais tempo até que a funcionalidade esteja pronta para uso público”.