O Rio de Janeiro (RJ) registrou sensação térmica de 62,3ºC na estação de Guaratiba, na zona Oeste, no domingo (17), segundo o Sistema Alerta Rio. Esta foi a maior já registrada pelo órgão, mas o recorde anterior não estava tão longe. No sábado (16), o sistema tinha registrado sensação térmica de 60,1ºC no mesmo local.

Para quem tem pressa:

  • O Rio de Janeiro bateu o recorde de sensação térmica no fim de semana em Guaratiba. No domingo (17), foi registrado 62,3ºC de sensação térmica. Até então, o recorde tinha sido registrado no sábado (16), com sensação de 60,1ºC. Essas foram as maiores registradas desde o começo das medições, em 2014;
  • Características geográficas da região de Guaratiba contribuem para altas temperaturas e umidade, o que intensifica a sensação térmica, principalmente durante as manhãs, segundo meteorologistas;
  • A sensação térmica é determinada por fatores como umidade do ar, velocidade do vento e radiação solar. Ela afeta a percepção do calor ou frio além da temperatura real medida;
  • A onda de calor atual afeta vários estados brasileiros, elevando a demanda por energia elétrica para níveis recordes. A maior já registrada na história do Brasil ocorreu na sexta-feira (15).

Assim, os dois dias do fim de semana tiveram a maior sensação térmica já registrada desde 2014, quando o órgão começou a fazer medições. Segundo o G1, meteorologistas apontam que a região de Guaratiba têm características geográficas que favorecem a ocorrência de temperaturas e umidades relativas do ar elevadas, principalmente durante a manhã.

publicidade

Leia mais:

O que é sensação térmica?

Visão panorâmica da cidade de São Paulo durante pôr do sol
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A sensação térmica é a percepção que o corpo humano tem da temperatura do ar, influenciada por outros fatores além da temperatura em si. Ela pode ser maior ou menor do que a temperatura real, dependendo da umidade do ar, da velocidade do vento e da radiação solar.

publicidade

Fatores que influenciam a sensação térmica:

  • Umidade do ar: quantidade de vapor de água presente no ar. Quanto maior a umidade, mais quente o ar parece, pois o suor evapora com mais dificuldade, o que dificulta a regulação da temperatura corporal;
  • Velocidade do vento: o vento ajuda a remover o calor do corpo, fazendo com que o ar pareça mais fresco. No entanto, vento forte pode aumentar a sensação de frio;
  • Radiação solar: especialmente durante o dia, pode aumentar a sensação térmica.

Existem diversas fórmulas para calcular a sensação térmica, mas a mais utilizada é a do National Weather Service (NWS) dos Estados Unidos. Essa fórmula leva em consideração a temperatura do ar, a umidade do ar e a velocidade do vento.

publicidade

Calorão pelo Brasil

Homem jogando água sobre si mesmo em dia quente no Rio de Janeiro
(Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Apesar de ter registrado uma sensação térmica que beirou o absurdo, o Rio não é o único lugar assolado pela onda de calor atual, prevista para se estender até esta quarta-feira (20) – o último dia do verão. São Paulo (SP), por exemplo, registrou no sábado seu dia mais quente de 2024. O dia também teve a maior temperatura para marco em ao menos 81 anos, conforme publicado pelo jornal Estadão.

Essa onda de calor – a terceira deste ano – atinge cinco estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Aliás, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste estão dentro de uma espécie de “bolha de calor“. Neste fenômeno, uma grande massa de calor fica estacionada na atmosfera. E o pior: é como se ela fosse blindada a chuvas e frentes frias.

publicidade

Graças a esse calorão todo, o Brasil registrou a maior demanda por energia elétrica da história na sexta-feira (15), segundo o G1. Até então, o recorde tinha sido registrado em novembro de 2023.