Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que os pontos de incêndio no Brasil quase quadruplicaram em relação ao ano passado. Com incidência principalmente na Amazônia, as consequências das queimadas pode ser piores ainda diante do El Niño, fenômeno que tem agravado a seca na região e aumentado a temperatura do país.

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Aumento nas queimadas

O Inpe registrou um aumento no número de queimadas durante fevereiro, principalmente na Amazônia.

No mesmo mês no ano passado, eram 734 focos de incêndios. Este ano, são 2.924 pontos afetados.

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Já o desmatamento melhorou, com uma redução de 20% em relação a fevereiro do ano passado.

Um tamanduá morto em decorrência de queimadas na Amazônia
(Foto: Bruno Kelly/Amazonia Real)

Causas das queimadas

  • Segundo o professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP e coordenador do Centro de Estudos Amazônia Sustentável, ao Jornal da USP, não existem incêndios naturais, principalmente na Amazônia, um local extramente úmido. Todos os focos são de origem criminosa;
  • Ele destaca a importância do combate ao crime organizado na floresta amazônica e a fiscalização;
  • O mesmo vale para o desmatamento. Apesar da melhora na situação, Artaxo diz que 97% dos casos na região são associados ao crime organizados.
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(Imagem: Stephen Bonk/Shutterstock)

Consequências

De acordo com o professor, as queimadas liberam fumaça na região amazônica e traz problemas de saúde para os moradores da região.

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Além disso, eles contribuem para o aumento da temperatura da Terra e dos oceanos, algo que já vem acontecendo por causa do fenômeno El Niño, que provocou ondas de calor no país. Ele deve continuar até maio, o que contribui também para agravar a seca na região amazônia.