Peixe mais raro do mundo ganha nova esperança de continuar existindo

Projeto australiano trabalha para criar novas gerações do peixe-mão-vermelho
Por Ana Julia Pilato, editado por Lucas Soares 22/03/2024 00h05, atualizada em 18/07/2025 15h39
animal marinho
Peixe-mão rosa Crédito:CSIRO Marine Research
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Um projeto da Universidade da Tasmânia, na Austrália, e da Fundação para as Espécies Mais Ameaçadas da Austrália (FAME) está trabalhando para combater a extinção do peixe mais raro do mundo, Thymichthys politus – popularmente conhecido como peixe-mão-vermelho.

Entenda:

  • Um projeto australiano está trabalhando para combater a extinção do Thymichthys politus – popularmente conhecido como peixe-mão-vermelho, o peixe mais raro do mundo;
  • O projeto já se provou bem-sucedido e conseguiu criar uma nova geração de peixes em cativeiro;
  • Antes que possam partir para a natureza, os espécimes devem desenvolver algumas habilidades para aumentar suas chances de sobrevivência;
  • Apesar do sucesso do projeto, o habitat natural do mão-vermelho acaba sendo profundamente degradado pelas mudanças climáticas e, até que seja restaurado, a espécie vai permanecer vulnerável;
  • As informações são do IFLScience.
(Imagem: Rick Stuart-Smith / Reef Life Survey)

Restrito apenas à costa da Tasmânia, o mão-vermelho é uma espécie ameaçada de extinção pelas mudanças climáticas que causam a degradação de seu habitat. A estimativa é de que, atualmente, existam cerca de apenas cem espécimes adultos na Austrália, mas o projeto – que já se provou bem-sucedido – está criando uma nova geração dos peixes.

Leia mais:

O primeiro passo no combate à extinção do peixe mais raro do mundo

A reprodução dos peixes em cativeiro é apenas o primeiro passo contra a extinção da espécie. Como explicam Jemina Stuart-Smith e Andrew Trotter, especialistas em peixes-mão da Universidade da Tasmânia, ao IFLScience, os novos T. politus devem desenvolver certas habilidades antes de partir para o oceano.

(Imagem: Rick Stuart-Smith / Reef Life Survey)

“Isso inclui a introdução de habitats mais complexos, outras espécies e condições que provavelmente encontrarão na natureza. É realmente um período de aclimatação que oferece aos peixes a oportunidade de aprender comportamentos naturais, como encontrar comida, procurar abrigo, interagir com peixes da mesma espécie e navegar no mar. O objetivo é aumentar suas chances de sobrevivência após a soltura.”

Apesar de projetos de reprodução já representarem um grande avanço na jornada contra a extinção da espécie, ainda há um longo caminho a ser seguido: como reforçam os especialistas, até que ocorra a restauração do habitat que a espécie necessita para se reproduzir na natureza, os peixes-mão-vermelhos vão permanecer vulneráveis.

Ana Julia Pilato
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Julia Pilato é formada em Jornalismo pela Universidade São Judas (USJT). Já trabalhou como copywriter e social media. Tem dois gatos e adora filmes, séries, ciência e crochê.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.