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A cada dia que passa, ouvimos mais a respeito dos carros inteligentes e da tecnologia com a qual são equipados, como o sistema ADAS, por exemplo. Os veículos inteligentes disponibilizam recursos avançados que permitem automação e conectividade em uma série de funções.
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Essa inteligência automotiva prevê que os carros possam ser projetados para dirigirem sozinhos e se tornem veículos autônomos (ou de condução autônoma). Equipamentos que auxiliam o condutor avançam mais e mais e são aprimorados continuamente. Muitas vezes, em uma velocidade até difícil de acompanhar.
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Os carros inteligentes contam com tecnologias com IoT (Internet das Coisas) e IA (Inteligência Artificial), em que o funcionamento basicamente gira em torno da internet. É o caso do sistema ADAS, que você já pode ter ouvido falar como ADAS nível 1, nível 2 ou nível 2+, mas o que isso quer dizer?
O que é sistema ADAS?
A sigla em inglês ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) significa Sistema Avançado de Assistência ao Condutor, um sistema inteligente de assistência ao motorista que processa e transmite vídeos curtos em tempo real. Utiliza técnicas de inteligência artificial e machine learning para identificar eventos considerados de risco e, assim, gerar alarmes e notificações.
O sistema ADAS é composto por vários componentes, sensores e controladores, que juntos garantem o movimento correto e seguro do carro. É uma das inovações tecnológicas mais importantes já disponíveis em veículos, já que ele promove maior conforto e principalmente segurança.
Como funciona o sistema ADAS?
Os componentes principais do Sistema ADAS são sensores e câmeras localizados no para-brisas, na região do espelho retrovisor ou no capô do veículo. Os componentes do sistema ADAS incluem: câmera, sensor de chuva, receptor LIDAR e transmissor LIDAR. Esses dispositivos precisam ser calibrados quando o vidro é substituído ou quando o carro sofre algum acidente.
Sensores LIDAR
LIDAR, que significa “Light Detection and Ranging” (Detecção e Varredura por Luz, em português), é uma tecnologia de sensoriamento remoto que utiliza pulsos de luz laser para medir distâncias precisas. Os sensores LIDAR são sistemas que operam com base no princípio do tempo de voo do feixe laser emitido, onde a luz emitida viaja até atingir um objeto e retorna ao sensor. A medição do tempo que a luz leva para ir e voltar permite calcular a distância até o objeto com alta precisão.
O ADAS utiliza sensores e câmeras para monitorar o ambiente à volta do veículo. Estes dispositivos recolhem dados em tempo real e processam informações críticas para alertar o condutor. Monitora o que acontece com o veículo e avisa o condutor sempre que detectar um risco, para que este possa corrigir e evitar acidentes. Além de notificar o condutor, o sistema registra os eventos de risco.
Também inclui um radar de alta precisão instalado na frente do automóvel. Este radar monitoriza a distância, a velocidade e o movimento dos objetos que estão à frente do carro. Os dados são enviados para a central eletrônica, que é responsável por acionar o freio ou o acelerador.
Exemplos de sistemas ADAS incluem:
Sistema de Assistência de Permanência em Faixa (LKS)
Tecnologia que ajuda a manter o veículo na faixa da via. O LKS (Lane Keeping System) utiliza uma câmara instalada no para-brisa para monitorizar as marcações da faixa na estrada. Quando detecta um desvio não intencional do veículo, o LKS intervém automaticamente, ajustando a direção para manter o veículo centrado na faixa.
O LKS é um recurso útil para momentos de desatenção e pode evitar acidentes. No entanto, para o sistema funcionar, é necessário que as faixas de rodagem estejam bem pintadas e visíveis.
Assistente de Frenagem de Emergência (BAS)
Sistema de assistência à frenagem que evita o travamento das rodas e torna a travagem mais eficiente. O BAS (Brake Assist System) é um sistema eletromecânico que utiliza sensores para detectar a velocidade com que o pedal do freio é acionado. Também inclui uma válvula de libertação de pressão e um módulo de controle que processa as informações dos sensores e faz com que a válvula atue.
O BAS é um dos itens de condução semiautônoma com maior potencial de reduzir acidentes. O equipamento monitora a presença de obstáculos à frente e pode até mesmo parar o veículo completamente na iminência de uma colisão frontal.
A sigla BAS é usada em modelos como Elantra, Freemont e na picape Amarok. No Fluence e noutros franceses é o AFU. Na GM, atualmente o sistema é chamado de PBA.
Estacionamento automático (Park Assist)
Sistema que auxilia o motorista a estacionar o carro. Utiliza sensores e câmeras para calcular as manobras necessárias para estacionar o carro na vaga desejada.
O Park Assist pode estacionar o carro em vagas paralelas e perpendiculares. Ele também pode ajudar o motorista a entrar e sair da vaga. Em veículos com transmissão automática, o Park Assist também pode auxiliar nas acelerações, frenagens e mudanças de marcha.
Para utilizar o Park Assist, basta acionar o sistema, indicar com a seta o lado em que deseja estacionar e manter velocidade de até 20 km/h. O Park Assist está disponível no Jeep Compass a partir da versão Limited, como item de série.
Adaptive Cruise Control (ACC)
Sistema de assistência ao motorista que ajusta automaticamente a velocidade e a distância do veículo em relação ao veículo da frente. O ACC (Controle de Cruzeiro Adaptativo) usa sensores como radar e câmeras para determinar a velocidade e as condições do tráfego ao redor e, em seguida, ajustar a velocidade do veículo para manter uma distância segura.
Por exemplo, se a estrada estiver livre, o ACC mantém a velocidade definida pelo condutor. Se um veículo mais lento for detectado, o ACC reduz a velocidade liberando o acelerador ou acionando o sistema de controle de freio. Se o veículo da frente acelerar ou mudar de faixa, o ACC acelera até a velocidade desejada pelo motorista.
Blind Spot Monitoring System: BLIS (Monitoramento de Ponto Cego)
Sistema de alerta de ponto cego. É um sistema de segurança lateral que utiliza sensores ultrassônicos montados nas laterais do veículo para detectar obstáculos ou automóveis nos pontos cegos.
Quando um corpo físico se aproxima, os pulsos o identificam e voltam para o sensor, que transmite essa informação para os sistemas do veículo.
O BLIS é um dos sistemas mais antigos que integram o ADAS, juntamente com os sensores de estacionamento. O seu papel é detectar qualquer objeto que esteja no ponto cego do motorista e informá-lo.
Rear Cross Traffic Alert (RCTA)
Sistema que emite um alerta sonoro e visual quando deteta outro veículo a cruzar o seu caminho. O RCTA (Alerta de Tráfego Traseiro) funciona como os “olhos” do condutor, monitorando o que o rodeia para ajudar a evitar pequenas colisões.
O RCTA foi concebido para detectar veículos que se aproximam a uma velocidade entre 8 km/h e 60 km/h.
Alguns veículos que têm o RCTA são: Nissan Kicks, Hyundai HB20, Ranger Raptor
Alerta De Colisão De Pedestres (PCW)
Usando câmeras montadas no veículo, os sistemas PWC (Pedestrian Warning and Collision) enviam aos motoristas um alerta visual e sonoro quando uma colisão com um pedestre ou ciclista está prestes a ocorrer. O tempo até a colisão é calculado usando a velocidade do veículo e a distância até o pedestre. O sistema envia o alerta quando esse tempo cai abaixo de dois segundos. Passados esses segundos extras, o motorista pode reagir e evitar atropelar o pedestre por meio de ações corretivas ou frenagem.
O sistema ADAS tem seis níveis de automação, de 0 a 5:
- Nível 0: o motorista deve tomar todas as decisões e ações relacionadas ao controle do veículo.
- Nível 1: o ADAS pode controlar a velocidade do veículo quando o motorista solicitar.
- Nível 2: o ADAS controla a velocidade e a aceleração.
- Nível 3: a tecnologia assume o controle total da direção sem supervisão humana. No entanto, se o veículo alertar o motorista e solicitar que ele assuma o controle do veículo, ele deve estar preparado e apto para isso.
- Nível 4: automação avançada.
- Nível 5: automação completa.
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