Um grupo de cientistas, do qual uma pesquisadora síria-brasileira fez parte, encontrou o mais completo (e talvez mais antigo) esqueleto de plesiossauro, um dinossauro marinho, no Oriente Médio. Eles encontraram o esqueleto nas montanhas de Palmira, na Síria.

Os resultados do estudo, repercutidos pelo jornal O Globo, reforçam a tese de que a região estava submersa pelo Mar de Tétis, que separava a Ásia e a África, há 85 milhões de anos. Atualmente, a região é desértica e marcada pelo clima seco.

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Esqueleto de dinossauro marinho no Oriente Médio

Esqueleto de plesiossauro na Síria
(Imagem: Reprodução/GEGMRD​)

A pesquisadora Wafa Adel Alhalabi mora no Brasil desde 2016 e investigou o conjunto de mais de 50 vértebras articuladas descobertas por pesquisadores da Universidade de Damasco na mina de Al Sawaneh el Charquieh, a cerca de 200 quilômetros da capital da Síria.

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Confira abaixo as principais informações sobre o plesiossauro e o estudo do qual a pesquisadora síria-brasileira participou:

  • Os fragmentos encontrados correspondem à coluna vertebral de um elasmossaurídeo que viveu na região durante a era Mesozóica;
  • O animal viveu durante o Período Cretáceo (entre 65 e 80 milhões de anos atrás), que precedeu a extinção dos dinossauros;
  • As análises para identificar o dinossauro foram feitas por meio de exames visuais, medições dos fragmentos e comparação com proporções de vértebras de outras espécies;
  • As primeiras partes do fóssil foram encontradas em 2001. Depois, em 2010, o mesmo grupo de pesquisa encontrou o restante do esqueleto, as vértebras, os fragmentos de costela, o tronco e a cauda do animal.

Artes rupestres e pegadas jurássicas no Brasil

Arte rupestre e pegadas de dinossauros encontradas em Sousa (PB) (Imagem: Troiano et al., Scientific Reports, 2024)

Pesquisadores encontraram artes rupestres pré-coloniais e pegadas de dinossauros que viveram há até 145 milhões de anos no Sítio Serrote do Letreiro, em Sousa, na Paraíba. A região já é conhecida por seus achados arqueológicos e, agora, o novo estudo indica que as pinturas foram criadas ao redor da pegada – propositalmente, inclusive, imitando os registros fossilizados.

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As descobertas, publicadas na revista Nature, descreve três principais conjuntos rochosos onde pegadas fossilizadas foram encontradas. As marcas pertenciam a dinossauros terópodes, saurópodes e iguanodontianos, que viveram no período Cretáceo Inferior, entre 100,5 milhões e 145 milhões de anos atrás.