Pequenas torres de 5G podem aumentar vida útil das baterias de celulares em 50%

Novo estudo da Universidade da Califórnia propõe substituição de grandes estações de 5G por rede de torres menores
Por Ana Julia Pilato, editado por Bruno Ignacio de Lima 16/04/2024 12h46, atualizada em 18/04/2024 22h12
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Pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que a construção de várias pequenas torres de 5G – em vez de uma grande torre – poderia aumentar a vida útil da bateria de celulares em 50%. A equipe publicou um estudo sobre a descoberta, relatada pela New Scientist na última quarta-feira (10).

Entenda:

  • Cientistas descobriram que a construção de várias pequenas torres de 5G pode aumentar a vida útil da bateria de celulares em 50%;
  • Isso porque, ao contrário das estações de 5G de grande potência, uma rede de torres pequenas consome menos energia e pode oferecer maior cobertura para a área;
  • A estratégia ainda pode ajudar a economizar três vezes mais energia, evitar grandes perdas de sinal sem fio e reduzir a pegada de carbono na região;
  • O estudo mostra que seriam necessárias cinco vezes mais torres para alcançar o resultado proposto, mas cada uma só precisaria ter 15 metros de altura e poderia ser montada no topo de postes de iluminação ou edifícios.
Homem sentado mexendo no celular
(Imagem: Dany_cn/Shutterstock)

Os cientistas sugerem que as áreas urbanas deveriam utilizar um sistema de torres menores, ao contrário das estações de 5G de grande potência. Isso porque, como explicam os investigadores no estudo, apesar de ter um sinal mais fraco, uma rede de torres pequenas consome menos energia e pode oferecer maior cobertura para a área.

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Estratégia de torres de 5G ajudaria a reduzir pegada de carbono

“Tal estratégia de densificação resolve dois problemas principais. […] Pode potencialmente economizar o triplo de energia, evitando grandes perdas de sinal sem fio devido ao alto alcance, e também levar a uma vida útil da bateria 50% melhorada para os smartphones conectados na rede densa, como consequência de estarem localizados mais próximos e a uma altura menor das torres”, explica a equipe no artigo.

(Imagem: Suwin66/Shutterstock)

Os cientistas utilizaram um software de código aberto para modelar transmissões entre estações e smartphones em modelos 3D de cidades reais. Nas simulações, a equipe descobriu que seriam necessárias cinco vezes mais torres para alcançar o resultado proposto. Porém, cada uma delas só precisaria ter 15 metros de altura, podendo ser montadas no topo de postes de iluminação ou edifícios.

O estudo ainda aponta que o sistema ajudaria a reduzir a pegada de carbono de uma região, evitando que a população precisasse carregar seus celulares com tanta frequência quanto nos casos de uma única torre de 5G – que força os aparelhos a transmitir grandes pacotes de dados para alcançar a rede.

Ana Julia Pilato
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Julia Pilato é formada em Jornalismo pela Universidade São Judas (USJT). Já trabalhou como copywriter e social media. Tem dois gatos e adora filmes, séries, ciência e crochê.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.