Um projeto da Marinha dos EUA visa testar sua primeira arma de micro-ondas de alta potência a bordo de um navio marítimo, por volta de 2026. O nome do projeto seria METEOR, e o armamento experimental teria capacidade de emitir feixes de intensa energia eletromagnética para fritar os componentes eletrônicos dos drones. As informações são do IFL Science.

Leia também:

publicidade

Conforme alega o Instituto Naval dos Estados Unidos, o METEOR vai “fornecer capacidade com baixo custo por disparo, carregador profundo, alcance taticamente significativo, engajamento de curto prazo para abordagem multialvo, capacidade dupla de enganar e derrotar”.

As armas de micro-ondas fazem parte do interesse militar dos EUA em sistemas de energia dirigida, uma nova espécie de armas que podem danificar alvos sem a necessidade de usar projéteis sólidos.

publicidade

Armas dessa natureza podem ser as que emitem micro-ondas, mas também incluem outras coisas como lasers, ondas sonoras e até feixes de partículas.

Armas de micro-ondas de alta potência utilizam uma onda de energia eletromagnética de super alta frequência para danificar os componentes eletrônicos. Se usado para atingir um drone, a agitação das ondas tornaria rapidamente o equipamento inútil.

publicidade

Em teoria, cada disparo desse tipo de arma é barato se comparado ao armamento mais comum, que usa mísseis, balas e outras munições de pólvora.

drone militar
Imagem: Oleksii Alieksieiev/Shutterstock

Drones tem forçado uma mudança de postura nas forças militares do mundo

  • É crescente a pressão para uso de armas que emitem micro-ondas ou outros sistemas de energia dirigida, como uma resposta ao aumento dos drones de baixo custo, que mudaram radicalmente a natureza da guerra moderna.
  • Baratas, modificáveis e facilmente acessíveis, as novas tecnologias de drones podem ser utilizadas por pequenos exércitos e grupos de guerrilha para causar danos e perturbações significativos até mesmo nas forças armadas mais robustas do mundo.
  • Os efeitos desses drones já foram vistos recentemente no conflito Rússia-Ucrânia, na guerra em Gaza e na crise do Mar Vermelho.
  • A defesa contra este tipo de inimigo utilizando armamento convencional é cara, mas as armas de energia dirigida podem reduzir esse preço, mantendo-se ao mesmo tempo, altamente eficazes.

Outros países também estão buscando melhorar as suas armas de energia dirigida. O Reino Unido exibiu recentemente o sistema DragonFire, uma arma laser gigante capaz de abater alvos aéreos.

Imagem: divulgação/Dronery