O clima continua quente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, por conta da quarta onda de calor de 2024. E o alerta para chuvas permanece para o Sul, com grandes acumulados esperados. Em suma, essa é a previsão do tempo para até este domingo (05).

A quarta onda de calor de 2024 deve se estender, pelo menos, até 10 de maio, segundo a Climatempo. A princípio, as condições de temperatura acima da média estavam previstas para acabar nesta semana.

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Previsão do tempo para este fim de semana

Pessoas atravessando avenida com guarda-chuva durante temporal no Rio de Janeiro
(Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A previsão de calorão e chuva ocorre por conta de uma área de alta pressão, que impede o avanço de frentes frias para as regiões Sudeste e Centro-Oeste do país. De um lado, essa dinâmica mantém o ar quente e seco nessas regiões. De outro, faz com que as chuvas se concentrem no Sul.

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Por isso, dá para dividir a previsão do tempo para os próximos dias em duas partes. Confira abaixo:

Alertas de calor

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu quatro alertas meteorológicos, que se diferenciam conforme a previsão de duração das temperaturas altas. São eles: um de “perigo potencial”, dois de “perigo” e um de “grande perigo”.

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  • Perigo potencial: Minas Gerais (sul) e Espírito Santo (sul);
  • Perigo: Paraná (nordeste), São Paulo, Minas Gerais (sul) e Rio de Janeiro;
  • Grande perigo: Paraná (norte), São Paulo (oeste), Minas Gerais (oeste), Mato Grosso do Sul, Goiás (sul) e Mato Grosso (sul).
Mulher atravessando avenida de guarda-chuva durante temporal em São Paulo
(Imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Alertas de chuva

No Sul, a previsão é de chuva até este sábado (04), com acumulados estimados em até 400 milímetros. Ao longo desta semana, foram registrados mais de 300 milímetros de chuva – o volume em 24 horas ultrapassou a média de maio, segundo o Inmet.

Especialistas estimam que o estado de calamidade do Sul ocorre pela combinação de ao menos três fatores, segundo o G1. São eles:

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  • Cavado (corrente intensa de vento), que deixou o tempo instável;
  • Corredor de umidade vindo da Amazônia, que aumentou a força da chuva;
  • Bloqueio atmosférico (consequência da onda de calor), que concentrou a chuva na região.

Os temporais têm causado estragos e mortes no Sul ao longo desta semana. Até a noite de quinta-feira (02), 32 pessoas tinham morrido por conta das chuvas na região. Outras 36 ficaram feridas e 60 desapareceram.

O governo federal reconheceu estado de calamidade pública, permitindo que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), solicite recursos federais para ações como assistência humanitária e restabelecimento de serviços essenciais.