Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a madrugada entre domingo (5) e segunda-feira (6) trouxe um verdadeiro show de luzes nos céus do mundo todo – com mais visibilidade no Hemisfério Sul – resultado da máxima da Eta Aquáridas, uma das maiores e mais famosas chuvas de meteoros do ano.

Essa chuva dos meteoros acontece quando a Terra atravessa a parte mais densa da trilha de detritos do cometa Halley. Cada pequeno fragmento deixado pelo cometa, ao atravessar a atmosfera do planeta em alta velocidade, gera um meteoro – fenômeno luminoso popularmente conhecido como “estrela cadente”.

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Durante uma chuva de meteoros, vários fragmentos da mesma trilha atingem a atmosfera. No caso da Eta Aquáridas, este ano, sua atividade se iniciou em 19 de abril e vai até 28 de maio.

O Brasil está em um lugar privilegiado na Terra para observação do fenômeno, já que, como dito, a Eta Aquáridas é mais predominante no Hemisfério Sul. “Por aqui, normalmente são esperados entre 50 e 60 meteoros por hora na máxima”, explica explica Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital.

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Registros fascinantes são compartilhados nas redes sociais

Vídeos e fotos da chuva de meteoros Eta Aquáridas foram compartilhados nas redes sociais. Confira algumas dessas imagens abaixo:

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Duas chuvas de meteoro têm relação com detritos do cometa Halley

A Eta Aquáridas é a primeira das duas chuvas anuais de meteoros associadas ao cometa Halley. A outra é a Oriônidas, que acontece no mês de outubro, bem menos intensa.

Todos os meteoros de uma mesma chuva atingem a atmosfera paralelamente uns aos outros. Isso porque seguem aproximadamente a mesma órbita do cometa ou asteroide de onde se originaram.

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No entanto, devido ao efeito de perspectiva, para um observador na Terra esses meteoros parecem se originar de um mesmo ponto no céu, chamado radiante. No caso da Eta Aquáridas, esse ponto fica na Constelação de Aquário, próximo à estrela Eta Aquarii, que dá nome ao evento.

Segundo Zurita, uma chuva de meteoros é um espetáculo astronômico dos mais democráticos. “Pode ser observada por qualquer pessoa que tenha uma visão razoável e acesso a algum pedaço de céu. Não precisa de telescópios, câmeras nem qualquer equipamento especial. Basta ter disposição para perder algumas horas de sono e olhar para o céu”.

O melhor momento de observação desta chuva, normalmente, é entre 3h30 e 5h30 da manhã (pelo horário de Brasília). “Mas, por volta da 1h45, já deve ser possível observar os meteoros desta chuva, partindo sempre da direção leste”, diz o especialista.

Como ela só termina dia 28, ainda dá tempo de tentar ver algum rastro de luz no céu. Um app de observação, como Stellarium, Star Walk, Star Chart, Sky Safari ou SkyView, pode ajudar a encontrar a constelação de Aquário. Certifique-se de direcionar seu olhar para constelações próximas, e não diretamente para ela, pois meteoros mais próximos do radiante têm trilhas mais curtas e são mais difíceis de detectar.