Investimento para produzir energia limpa aumentou 70% em 2023

Relatório encomendado pelo G7 mostra avanços globais significativos para gerar energia limpa alcançados no último ano
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi 07/05/2024 06h22, atualizada em 04/06/2024 20h58
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Um novo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), revela: o investimento para produzir energia limpa, como a solar, está cada vez mais forte ao nível global, e em 2023, se comparado ao ano anterior, os valores usados na produção dessas energias subiu 70%.

As informações do relatório ainda confirmam que o valor do investimento no mundo ficou em US$ 200 bilhões, gerando, sobretudo, cinco tecnologias que são consideradas chave na produção da energia limpa: solar, eólica, baterias, eletrolisadores e bombas de calor.

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A alta nesses investimentos no ano passado foi capaz de representar cerca de 4% do crescimento do PIB global e quase 10% do crescimento de qualquer investimento global.

Os gastos com a produção de energia solar fotovoltaica mais que duplicaram no ano passado, enquanto o investimento na produção de baterias aumentou cerca de 60%.

Um investimento que levou a capacidade de produção de módulos solares fotovoltaicos a se alinhar com o que é necessário em 2030, baseado com base no cenário de emissões líquidas zero da AIE.

O relatório conclui que muitos projetos em preparação estarão operacionais em breve. Cerca de 40% dos investimentos na produção de energia limpa em 2023 foram em instalações que deverão entrar em funcionamento em 2024. No caso das baterias, sobe para 70%.

China lidera a produção global de energia limpa

  • A produção de energia limpa ainda é dominada pela China, que detém mais de 80% da capacidade global de fabricação de módulos solares fotovoltaicos,
  • Na sequência, vem os EUA e a Índia com 5%, e logo atrás a Europa com apenas 1%. Não se espera que isso mude nesta década.
  • A partir da década de 2030, no entanto, é previsto que a produção poderá tornar-se menos concentrada geograficamente na China.
  • Se todos os projetos anunciados forem realizados, a Europa e os EUA poderão atingir, cada um, cerca de 15% da capacidade instalada global até 2030.

Dados e análises de avaliações ao nível da fábrica de mais de 750 instalações mostram que a China consegue ser o produtor com custos mais baixos de todas as tecnologias de energia limpa.

Instalações de fabricação de baterias, energia eólica e energia solar fotovoltaica são normalmente 70-130% mais caras para construir nos EUA e na Europa do que na China.

O relatório, produzido em resposta a um pedido dos líderes do G7 em 2023, foi concebido para fornecer orientação aos decisores políticos que desejam preparar estratégias industriais com um forte foco na produção de energia limpa.

Turbinas eólicas
Turbinas de energia eólica. Imagens: chaiviewfinder/Shutterstock
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.