(Imagem: Clive Kim/Pexels)
A erupção do vulcão Tonga, em 2022, quebrou vários recordes e foi uma das mais intensas dos últimos anos. O episódio continua sendo estudado e cientistas agora sugerem uma nova explicação para o fenômeno.
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Pesquisas anteriores indicaram que a erupção subaquática foi alimentada por duas câmaras de magma em fusão, mas exatamente o que provocou a explosão ainda é um mistério. Segundo a nova hipótese, a erupção pode ter sido desencadeada por uma reação entre as rochas vulcânicas e o gás subindo das profundezas do vulcão.
Modelos anteriores assumiram a interação magma-água do mar, mas considerações de transferência de calor mostram que isso é insustentável e evidências diretas não são fornecidas por dados de satélite. Agora está bem estabelecido que ocorrem reações rápidas entre os teores [de dióxido de enxofre] e [cloreto de hidrogênio] dos gases magmáticos para produzir minerais, incluindo anidrita, quartzo e sulfetos à medida que se expandem da fonte para a superfície. Sua formação leva a um sufocamento dos caminhos do fluxo e potencialmente à vedação do fluxo de gás através do vulcão.
Estudo publicado no Journal of Volcanology and Geothermal Research
O gás confinado dentro do vulcão provavelmente se acumulou ao longo de vários meses e depois atingiu um “ponto crítico” quando a pressão rompeu a vedação, provocando a enorme explosão. A energia acumulada no subsolo foi tão grande que criou uma nuvem de cinzas de 58 quilômetros e abriu uma cratera de 850 metros de profundidade e quase 3 quilômetros de largura.
Esta post foi modificado pela última vez em 9 de maio de 2024 15:23