Tumba de luxo encontrada na China pode ter pertencido a antigo rei

Com mais de 2 mil anos, tumba pode ter sido parte do Reino de Chu, que disputava a China no período
Lucas Soares12/05/2024 09h56, atualizada em 12/05/2024 09h59
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Esta imagem combinada mostra peças de laca desenterradas na tumba de Wuwangdun, descoberta em Huainan, província de Anhui, no leste da China. (Relíquias culturais da província de Anhui e instituto de pesquisa arqueológica/Divulgação via Xinhua)
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Para estudar o passado muitas vezes é preciso olhar para ele e a principal forma de fazer isso é através de objetos da época. A história da China é uma das mais antigas do mundo e ainda cercada de muitas lacunas, por isso uma tumba encontrada no final de abril pode abrir novas portas sobre como funcionava a cultura do Reino de Chu, um dos sete que disputavam o território chinês há mais de 2 mil anos.

O que você precisa saber:

  • Uma tumba de mais de 2 mil anos foi encontrada na China;
  • Com mais de 1 mil relíquias, é a tumba mais completa do Reino de Chu;
  • O túmulo possivelmente pertencia a um rei do período;
  • Apenas 1/3 do local foi explorado, ou seja, ainda existe muito potencial no achado.

Essa é a maior e mais completa tumba já encontrada do Reino de Chu. Por conta do luxo que cerca a peça, os pesquisadores acreditam que se trata de um túmulo da realeza, provavelmente do rei do império, segundo informações da Live Science.

A tumba de 2.200 anos foi escavada por quatro anos Wuwangdun, localizada perto da cidade de Huainan, na província chinesa de Anhui. No local foram desenterrados mais de 1.000 relíquias culturais, como vasos de bronze e peças de madeira.

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“As descobertas podem fornecer uma visão geral das condições políticas, econômicas, culturais, tecnológicas e sociais do estado de Chu no período dos Reinos Combatentes”, disse Gong Xicheng, pesquisador do instituto provincial de relíquias culturais e arqueologia de Anhui e chefe do a equipe arqueológica de Wuwangdun.

Segundo Gong, o túmulo foi feito em um antes da desintegração do sistema estatal feudal e da unificação dos sete reinos que disputavam o território. “As descobertas podem ajudar-nos a aprender sobre a evolução histórica, bem como sobre a formação de uma nação unificada e da sua cultura”, disse Gong.

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Arqueólogos trabalham na tumba de Wuwangdun descoberta em Huainan, província de Anhui, leste da China, em 6 de abril de 2024. (Administração do Patrimônio Cultural Nacional/Divulgação via Xinhua)

Um laboratório foi montado dentro da tumba para permitir que os cientistas trabalhassem dentro do ambiente com pouco oxigênio. Eles também criaram um modelo digital 3D altamente preciso de todas as camadas da tumba e extraíram mais de 1.000 caracteres escritos na tampa do caixão em tinta chinesa usando tecnologia de imagem infravermelha.

Até o momento, apenas 1/3 da tumba foi escavada, o que mostra o potencial que o local tem para descobertas futuras. “Os trabalhos de escavação e proteção do túmulo de Wuwangdun serão realizados simultaneamente e serão utilizadas diversas medidas científicas e tecnológicas para que o valor arqueológico do túmulo seja apresentado de forma clara e abrangente”, finalizou Zhang.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

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