Exemplar único no mundo de fungo azul é descoberto em Santa Catarina

O fungo tem, no máximo, dois centímetros e recebeu o nome de Microglossum azeurum em função de sua cor azul brilhante
Alessandro Di Lorenzo13/05/2024 13h42
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Imagem: divulgação/Luís Funez
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Uma nova espécie de fungo extremamente rara foi descoberta por pesquisadores durante trabalhos na serra de Santa Catarina. Por causa da cor azul brilhante, ele foi chamado de Microglossum azeurum. O fungo tem, no máximo, dois centímetros e é o único exemplar encontrado até hoje em todo o mundo.

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Fungo é diferente de tudo o que já é conhecido pelos cientistas

A descoberta aconteceu a mais de mil metros de altitude, em Urubici, na serra do estado de Santa Catarina. A confirmação de que se trata de uma nova espécie foi descrita pelos pesquisadores na revista internacional de botânica Phytotaxa.

Encontramos em um ambiente, mas um único exemplar. A gente não faz ideia de onde mais ele pode ocorrer. Vasculhamos tudo ao redor ali por meses e não achamos mais nada. Nem no mesmo momento achamos outro fungo.

Luís Adriano Funez, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Funez é pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas da UFSC. As informações são do G1.

Fungo azul em meio ao chão das matas nebulares de Urubici (Imagem: divulgação/Luís Funez)

Nova espécie foi identificada após diversas análises

  • A espécie foi encontrada em meio às matas nebulares e pertence a um gênero bastante raro no Brasil.
  • A descoberta ocorreu durante uma atividade de levantamento da diversidade de macrofungos nas áreas que compunham o experimento, na serra catarinense.
  • Segundo os pesquisadores, a raridade do fungo atrapalha os estudos, já que não há base de comparação.
  • Para confirmar que se tratava de uma nova espécie, a equipe de especialistas realizou análises microscópicas e de DNA.
  • De acordo com os cientistas, foi possível montar as filogenias moleculares, que são agrupamentos de espécies de acordo com semelhanças no DNA delas.
  • E o resultado foi diferente de tudo que é conhecido pela ciência.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.