A cidade perdida construída em uma ilha artificial no meio do oceano

Cidade foi considerada uma das maravilhas do mundo antigo, mas pesquisadores ainda não sabem como ela foi construída
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 20/05/2024 13h19, atualizada em 22/05/2024 21h50
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Uma cidade perdida localizada no meio do Oceano Pacífico intriga os historiadores até hoje. Nan Madol foi erguida na ilha Pohnpei, onde fica a capital da Micronésia, Paliquir. Estas antigas ruínas ficam a 2,5 mil quilômetros de distância da Austrália e quatro mil quilômetros dos Estados Unidos.

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Arquipélago artificial envolto em mistérios

  • Os restos da cidade foram descobertos há cerca de 100 anos, mas os pesquisadores ainda não conseguiram determinar como ela foi construída e porque fica no meio do oceano.
  • Nan Madol teria prosperado entre os anos de 1200 e 1700, se tornando um importante centro político e religioso da Micronésia.
  • O local foi erguido como um arquipélago artificial.
  • Para isso, os povos antigos precisaram construir enormes blocos de basalto sobre um recife de corais ao sudeste de Pohnpei.
  • Como isso foi possível, no entanto, segue sendo um mistério.
Nan Madol (Imagem: KKKvintage/Shutterstock)

Cidade “amaldiçoada” guarda uma enorme riqueza

Segundo historiadores, a ilha de Pohnpei foi dominada por estrangeiros que estabeleceram a dinastia de Saudeleur por volta do ano 1.100. Estes forasteiros dominaram a região por cerca de 500 anos e oprimiram o povo local até a chegada dos europeus no século XIX.

Um grupo chamado Isokelekel colocou um fim à dinastia por volta de 1600, deixando a capital, Nan Madol, intacta. A cidade foi considerada uma das maravilhas do mundo antigo e consagrada como Patrimônio Mundial pela Unesco em 2016.

Nan Madol foi construída para abrigar líderes políticos e religiosos, além da alta classe dos Saudeleur, e é formada por várias pequenas ilhas em formato de formas geométricas. Cada uma delas era dedicada para uma atividade diferente.

O templo real, chamado Nandauwas, é cercado por uma muralha de sete metros de altura e cinco de largura. Foram também criados canais rasos parecidos com os de Veneza.

O grande desafio, segundo os pesquisadores, é que não foi deixada nenhuma inscrição nas ruínas da cidade. Dessa forma, é muito difícil determinar como foi possível locomover centenas de blocos gigantescos de pedra basáltica de até 50 toneladas até o meio do mar, por exemplo. Para os habitantes locais, tudo é fruto de magia. Inclusive, a cidade é considerada amaldiçoada.

Outro mistério diz respeito a possível existência de túneis submersos que guardam riquezas e artefatos antigos. Nenhuma evidência disso foi encontrada até hoje.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.