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Recentemente, o Olhar Digital noticiou que uma forte tempestade solar produzida pela região ativa AR3664 explodiu na direção de Vênus, ameaçando arrancar parte da atmosfera do planeta.
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Até então, havia suspeitas de que a explosão pudesse ter sido disparada da antiga mancha solar AR3663, agora denominada AR3691. E ainda não havia também certeza sobre a intensidade do evento.
No domingo (27), em postagem no X (antigo Twitter), a Agência Espacial Europeia (ESA), responsável pela sonda Solar Orbiter, que capturou a erupção, confirmou que foi uma explosão extrema de classe X12 – o que já havia sido pronunciado pelo astrofísico do Observatório Solar Nacional dos EUA, Ryan French.
Mas, o que é uma erupção solar X12?
Primeiro, vamos entender o que é uma erupção solar:
- O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
- Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
- Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
- No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
- À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
- De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME).
As explosões são classificadas em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior.
A classe X, no caso, denota os clarões de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força. Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. Logo, uma explosão X12 é muito… MUITO forte.

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Por que não havia certeza sobre a magnitude do evento
Essa poderosa explosão da agora chamada AR13664 ejetou uma imensa nuvem de plasma da coroa solar, com força suficiente para atingir nossos satélites de comunicação em órbita – salvos porque a mancha não estava dirigida à Terra.
Vênus, no entanto, não teve a mesma sorte, nem a espaçonave BepiColombo (uma missão conjunta das agências espaciais europeia e japonesa para explorar Mercúrio). Provavelmente, ambos foram atingidos em cheio por uma grande CME.
A dificuldade em calcular a magnitude de um evento ocorrido do outro lado do Sol é que não existem sondas espaciais capazes de capturar boas imagens de lá, da mesma forma que o Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, é capaz de fazer do lado de cá.
Há, no entanto, instrumentos como o Telescópio Espectrómetro para Captação de Imagens de Raios X (STIX), da sonda Solar Orbiter, que fizeram leituras interessantes.
Mesmo com os dados do STIX, qualquer tentativa de localizar a explosão e medir a magnitude dos eventos (explosão e CME) é como tentar encontrar uma agulha em um palheiro com os olhos vendados.
Alguns pesquisadores dedicados a estudar as peripécias solares chegaram a mencionar que a erupção poderia ter alcançado a impressionante marca de X12, conforme a ESA acaba de confirmar.
Os modelos numéricos mostram que a CME saiu em disparada em direção a Vênus, alcançando uma velocidade alucinante de até 2.678 km/h, o que a torna uma verdadeira raridade no hall das tempestades solares.