(Imagem: Sebastian Kaulitzki/Shutterstock)
O câncer de pulmão é um dos mais letais no mundo inteiro. Um ensaio de um novo medicamento queria não apenas diminuir o número de mortes, mas também frear a progressão da doença nos pacientes. O segredo foi um único comprimido capaz de reduzir a progressão e evitar óbitos em 60% dos casos após cinco anos.
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O ensaio foi liderado pelo Peter MacCallum Cancer Center em Melbourne (Austrália) e avaliou o uso do medicamento na doença a longo prazo.
296 pacientes com câncer de pulmão ALK positivo avançado e não tratado anteriormente participaram. Eles foram divididos aleatoriamente em dois grupos, um deles recebendo o lorlatinibe em forma de comprimido, uma vez ao dia, e outro recebendo o crizotibine, inibidor ALK menos potente, em forma de comprimido, duas vezes ao dia.
O objetivo principal era dar sobrevida sem progressão da doença. Os objetivos secundários incluíam sobrevida global e avaliar se o câncer chegou ao cérebro.
Depois de cinco anos de tratamento, 60% dos pacientes que receberam o lorlatinibe ainda estavam vivos e sem sinais de progressão da doença. Em comparação, o mesmo resultado no grupo que recebeu o outro medicamento foi de apenas 8%.
A redução do primeiro grupo para o risco de progressão e morte foi de 81% e de 94% para risco do câncer alcançar o cérebro.
Segundo o líder do estudo, o professor Ben Solomon, em entrevista ao The Guardian, os resultados mostram como o medicamento pode ajudar não só os pacientes a viverem mais tempo, mas a sustentar a sobrevida sem progressão e seus benefícios por cinco anos.
Segundo o New Atlas, as descobertas são os dados mais longos de sobrevida já relatados para câncer de pulmão até agora.
Os resultados foram apresentados em reunião científica anual organizada pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla em inglês) de 2024 e publicados no Journal of Clinical Oncology.
Esta post foi modificado pela última vez em 3 de junho de 2024 18:45