Um minucioso trabalho arqueológico vem sendo realizado pelo Ministério da Cultura da Itália nas ruínas da Pompeia, cidade no sul do país dizimada no ano de 79, quando uma erupção no Monte Vesúvio se tornou uma das piores catástrofes da história mundial, matando mais de 2 mil pessoas.

Recentemente, os arqueólogos responsáveis pelas escavações descobriram uma sala azul detalhadamente decorada, interpretada como um antigo santuário romano conhecido como sacrarium.

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De acordo com o perfil do Ministério no Facebook, o ministro italiano da Cultura, Gennaro Sangiuliano, visitou o local na terça-feira (4), descrevendo a antiga cidade como “um baú de tesouros que ainda está parcialmente inexplorado”.

As paredes da sala apresentam figuras femininas. Crédito: Ministério da Cultura da Itália

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Azul era uma cor rara na Pompeia Antiga

O que mais chamou a atenção na nova descoberta foi a cor azul, que era extremamente rara para a época. O Ministério da Cultura destaca que essa cor está geralmente associada a ambientes de grande importância decorativa.

Uma análise aprofundada da sala constatou que o espaço poderia ser interpretado como um sacrarium ou um local dedicado a atividades ritualísticas e à conservação de objetos sagrados.

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Um quarto detalhadamente decorado foi encontrado na seção Regio IX do popular local turístico de Pompeia. Crédito: Ministério da Cultura da Itália

As paredes do cômodo apresentam figuras femininas que aparentam retratar as quatro estações do ano, bem como alegorias da agricultura e pastoreio.

A nova descoberta ocorreu em meio a escavações na área de Regio IX, no centro de Pompeia, uma área residencial que atualmente é um dos locais de escavação mais ativos para novas descobertas.

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Essas escavações fazem parte de um projeto mais abrangente para garantir um perímetro entre as áreas escavadas e não escavadas do parque arqueológico da Pompeia, que atualmente tem mais de 13 mil salas escavadas.

O projeto visa melhorar a estrutura da área, tornando a “proteção do vasto patrimônio pompeiano mais eficaz e sustentável”, segundo o Ministério da Cultura.

Outras descobertas recentes na área incluem móveis pertencentes a uma casa, um conjunto de bronze com dois jarros e duas lâmpadas, materiais de construção usados em reformas e as conchas de ostras que foram consumidas.